Estamos em Taormina, provavelmente o lugar mais cobiçado de toda a Sicília. Cá nas alturas à sombra do Monte Etna, entre o indomável vulcão e este belo mar, temos um agradável vilarejo italiano (pra lá de turístico) onde as pessoas vêm experimentar um pouco da dolce vita.
As vistas são estonteantes. O charme do vilarejo é aquele clássico do interior italiano. E a comida, você vai precisar driblar uns horríveis lugares pega-turista, mas é possível achar delícias maravilhosas. Só recalibre um pouco o orçamento, pois sendo tão turística, as coisas aqui em Taormina são um tanto mais caras que noutras partes da Sicília.


Chegamos de trem. É possível vir de ônibus diretamente do aeroporto de Catania (aprox. 1:00-1:30h de viagem), mas como estávamos em Siracusa (mais ao sul), escolhemos o trem, que é bem mais confortável.
O trem não sobe toda esta altura, pois é muito íngreme. Ele te deixa à beira-mar, na Estação Taormina-Giardini, e de lá você escolhe entre subir a pé (um gasto de energia desnecessário na minha opinião, pois é caminhada na beira da estrada) ou tomar um ônibus barato que ziguezagueia até o topo. Tomei dois cafés espresso na estação e, em seguida, o ônibus.
Do terminal rodoviário (na real, um estacionamento amplo com um guichê vendendo passagens) você caminha ainda um pouquinho até a cidade propriamente dita, já gozando das altas vistas no caminho.
Tudo em Taormina se faz a pé. Em 1h você vai de uma ponta a outra da cidade. O legal, no entanto, são as paragens no caminho, os recantos bonitinhos de vilarejo italiano.






Hospedamos-nos com a adorável Rita, uma simpática moça siciliana que tinha um ex-namorado brasileiro. Ela sabia algumas palavras e músicas românticas brasileiras, e ainda estava ligeiramente chocada por ter sido trocada por um cara. Seu ex-namorado revelou-se gay.
Hoje ela namora Bruno, um talentoso cozinheiro italiano de olhos verdes que divide com ela a administração da pousada. (Eu, é claro, não perdi a oportunidade de assustá-la depois do café da manhã, dizendo que ia levá-lo embora para o Brasil. Jamais esquecerei as caras de indignação divertida que ela fazia quando eu tecia elogios à culinária do cara.)

Os sicilianos têm a fama de passionais apenas no aspecto violento da coisa, mas são pessoas também muito amáveis e calorosas de modo geral.
Alerto-vos desde já que, aqui sendo muito turístico, não é por todo lugar que você encontrará comidas com essa qualidade. Abundam as biroscas oferecendo comida italiana da pior qualidade. Cheguei a comer uma salada caprese (com tomates e mozzarella) e um arancino (bolinho de arroz italiano que parece uma coxinha) que não tinham gosto de absolutamente nada e me deixaram até de mau humor. (Como eu sempre digo, na Itália você pode fazer a melhor mas também a pior refeição da sua vida. Ver Comendo na Itália: Particularidades, dicas e alertas)
Depois, com indicações de Rita, acharíamos uns lugares maravilhosos onde comer.



Essa Rita da osteria (cantina) não é a mesma da pousada. Foi uma coincidência. Esta do restaurante é já uma senhora, siciliana, daquelas que dá tapa nos filhos não importando sua idade, e os dois filhos (já uns quarentões) é que administram o lugar e servem. Um deles, inclusive, parecia descarado até a alma, e ficou trocando charme com uma coroa alemã sentada na mesa ao lado da nossa. Era uma figura. (Até que volta e meia aparecia a mãe com cara de zangada à porta. Era uma comédia.)
Volta e meia apareciam uns cantores de ópera de rua também. A cena noturna em Taormina é bem agradável. Como há muitos turistas, há muitos artistas de rua também.


Afora aproveitar essas italianidades de comer e desfrutar la dolce vita, há também em Taormina um antigo anfiteatro greco-romano a visitar. Vale a pena, e as vistas de lá também são ótimas.
Afora o anfiteatro, há igrejinhas seculares aqui e ali, e o imprescindível Giardini della Villa Comunale. Este último é um jardim nas alturas, com mirantes belíssimos, inclusive para o Monte Etna, onde o vimos fumegar ao longe. (“Longe”, mas ele é tão grande que você tem a impressão de que se rolasse alguma erupção forte, não haveria para onde correr da fumaça tóxica.)





É possível subir o Monte Etna, para aqueles de coração mais aventureiro. (Claro que só se sobe até certo ponto. Não é possível ir até a caldeira.) Íamos fazer, mas estava nublado quando havia tour disponível, e portanto não veríamos nada. A dica que recebi, no entanto, é a de não subestimar o frio lá em cima.
Optamos, em vez disso, por fazer um passeio de barco a Stromboli e às demais Ilhas Eólias, famosas aqui no sul da Itália. São mares pedregosos, que inspiraram muito da Mitologia Grega acerca das górgonas e dos monstros marinhos. A seguir.
Ahhhhh!… que maravilha mammmma mia. que lugarzinho linnndo. que belvedere, que mar mediterraneo linnndo. Que impressionante Etna..uaaauu de assustar… que lugrezinhos fofos. Adorei a estação. Linda parece uma cidade de sonhos de romance de fantasua. linnda. Amei adorei aquele s Jardins, o teatro greco-romano, os monumentos, os cazaróes as ruelinhas com balcoes floridos e floridas, a folia das ruas, as cores da Italia e sua alegria contagiante. Tudo, enfim. Que delicia de país e de regiao; Adoraria passar uns dias por ai. Obrigada, viajante brasileiro por esses colirios para os olhos e por este alento para o coração italiano haha Valeu..