Chiang Mai provavelmente é a cidade tailandesa favorita dos estrangeiros, o que é uma faca de dois gumes. O clima ameno do norte da Tailândia, seus templos, natureza ao redor, e ruas (bem) mais tranquilas que as de Bangkok dão o tom. Chegando lá logo sentimos o ar fresquinho, muito diferente do calor tropical úmido da capital. Por outro lado, há mais taxistas perguntando “Wé yu go?” na rua e restaurantes com preços e sabores “ajustados” para turistas.
Na estação, você precisará tomar uma das caminhonetes vermelhas que servem de táxi na cidade. (Há táxis propriamente ditos, mas estes são mais caros. Já as caminhonetes vão tipo camburão-lotação. É animado.)


A pousada onde ficamos, pra mim, reflete bem o clima ameno e tranquilo de Chiang Mai. Uma linda casa amarela, com jardins e flores na frente, donos sossegados e um bom café. Lembra as pousadas coloniais do interior do Brasil, embora aqui bem mais simples. (Não fosse a cera criminosa na escada de madeira, estaria perfeita.)



Chiang Mai, que significa “cidade nova” em tailandês, não é mais tão nova assim. Ela foi fundada em 1296, e funcionou como capital do Reino de Lanna durante três séculos. A Tailândia nem sempre foi unida como um único país, e é por isso que há distinções regionais.
O Reino de Sião, do sul, veio a conquistar este norte apenas no século XVIII. (Não confundir com o “Sião” bíblico hebraico, mas os navegantes portugueses já referiam-se a estas terras de Sião por séculos. O nome “siamês”, por exemplo, vem daqui. Somente no século XX, com os movimentos nacionalistas da Ásia, é que o nome do país foi mudado para Tailândia. A Tailândia, junto com o Japão, foram os únicos países asiáticos a não serem colonizados pelo imperialismo europeu.)
A cidade ainda hoje conserva suas muralhas e fossos, que demarcavam a cidade antiga e que hoje demarcam o seu centro histórico. Não é mais um centro histórico tão pitoresco quanto os europeus, já vos digo, mas templos budistas medievais e certas estruturas antigas ainda se mantêm.



Deixem-me fazer agora com vocês um tour visual pelos templos mais belos de Chiang Mai.









Neste vídeo abaixo, uma breve palhinha do mantra cantado pelos monges num templo em Chiang Mai.


Mas nem só de templos vive Chiang Mai, embora aqui haja muitos deles a ver.
Depois de um tempo, você provavelmente vai querer um pouquinho de alguma outra coisa, pra variar um pouco. Entre de cara nas comidas, que aqui são ótimas — como é o caso na maioria da Tailândia (ver Pelas ruas e mercados de Bangkok).
Se tiver coragem, mergulhe na muvuca do Mercado do Sábado à Noite (Saturday Night Market), uma movimentada feira semanal de rua.
E, sem dúvida, não deixe de visitar algum santuário de elefantes perto da cidade. (O dos tigres eu, sinceramente, não recomendo. Tigres, ao contrário dos elefantes, não são animais sociáveis, e em geral são dopados para estar em contato humano sem chance de te abocanhar. Além disso, eles são mantidos em jaulas ou espaços pequeníssimos demais para as suas necessidades territoriais normais. Não recomendo.)


Como há grande presença de turistas aqui, os vendedores são dados a certas enrolações. Olho vivo. Esse doce mesmo me foi vendido como doce de manga, até provarmos e percebermos de que era. O meu amigo brasileiro pediu um smoothie de banana e, após ele pagar, veio manga. “Mas eu pedi de banana“, ele questionou. “Banana acabou“, respondeu a moça na maior normalidade. Rimos a valer. O jeito é levar na esportiva, e você se divertirá por aqui.
O chama-chama de taxistas é constante, mas eles não são insistentes (nada que se compare aos países árabes ou à Índia nesse sentido). Jamais me esquecerei do meu amigo, revoltado com as perguntas constante de wé yu go? (“Pra onde você está indo?“, a prévia pra algum serviço de táxi não-solicitado). “Eu não disse nem à minha mãe aonde é que eu ia, vou ter agora que ficar dizendo a esses caras. Rai ai.“, esbravejou ele certa vez.
Deixo vocês com a folia do Mercado de Sábado à Noite em Chiang Mai. Tivemos a chance de visitar, e eu recomendo. Volto no post seguinte descrevendo a nossa visita a um santuário de elefantes aqui na região, e continuando o norte do país.





Menino que regiao espetacular! uaaauu, maravilha de templos!… magnificos , e dificil de saber qual o mais bonito; e que clima espiritual fantástico, convidativo à oração a à meditação; que belos mantras, que frio gostoso, que cidade com cara de SE Asiático. Adorei tudo em Chiang May. Gostei de ver a abertura para os animais e achei ridículo a preconceito contra as mulheres..Olhe!… é de lamentar.!.. mas isso tambem não empana o brilho dessa bela e instigante aventura ao norte da bela Tailandia. Que templos impressionantes!… belissimos…. De tirar o fôlego.
O mercado noturno é uma onnnda e pelo visto é comum no SE asiático. Que fuzuê gostoso. Variado, interessante, e não caro. Ótimo… e ainda com comilanças autênticas e a preços módicos.
Aquela pousada com varandinha florida parece como dizia a minha mamma ”um pedacinho do céu”. liiiiiiiinda… que delicia de região. Ponto alto para mim foram os magníficos templos. Ótima viagem, excelente escolha e postagem à altura da escolha.. Que linda região. Impossivel não a visitar. Parabens viajante. Adorei a viagem e a postagem.
Muito gostoso de ler os seus textos. Particularmente gostei mais do que fala de Chiang Rai, mas continuarei lendo. No momento estamos em Chiang Rai, daqui a pouco iremos para Chiang Mai. Abraços