Depois de uma semana em Paris, você começa a se habituar àquelas ruas.
Os prédios bege de três a cinco andares, todos grudadinhos, com aquelas ruas frescas ocasionalmente molhadas pelas chuvas da primavera.


Você também se habitua a certas coisas, como eu me habituei a um croissant todas as manhãs e a um quiche sempre que possível.
Quiche, para quem não conhece bem, são aquelas todas salgadas feitas aqui na França com ovos e outros ingredientes. São o que eu mais amo comer quando estou no país.

Depois de uma semana em Paris, você se dá conta de que ainda não viu tudo.
Por exemplo, eu já lhes falei dos monumentos principais, dos mausoléus de Napoleão e dos “Grandes Homens” da França, de Monmartre, dos museus d’Orsay e do Louvre, assim como de Notre-Dame de Paris e outras impressionantes igrejas. Ainda assim, falta coisa. Até as estações de metrô de Paris, como as da foto inicial que reproduzo abaixo, não são como são por mera aleatoriedade. Elas são assim pelo estilo Art Nouveau que visava a imitar formas e desenhos da natureza na arte, daí aquelas lamparinas parecendo talos de flor, etc. A Art Nouveau dominou entre 1890 e 1910, época em que o metrô parisiense foi inaugurado.
São tantos detalhes, tantas coisas a ver em Paris, que as oportunidades parecem nunca acabar.

Depois de uma semana em Paris, você começa a se cansar de algumas coisas.
Cansei-me da famosa grosseria dos parisienses? Francamente, não, pois pouco interagi com eles.
Cansei-me, entretanto, da falta de uma boa comida com arroz, garfo e faca. Adoro os pães da Europa, mas eu não sei viver só de pão. Não como carne, então os filés e patês franceses não me dizem nada. Várias vezes recorri a restaurantes asiáticos — onde, a propósito, a sua chance de encontrar outros brasileiros é bastante alta.
“Cansei de comer pão“, bradou divertida uma garota num grupo de brasileiros que encontrei num restaurante chinês no centro de Paris. Rimos a valer reparando em nós as mesmas percepções acerca das comidas na França: alguns quitutes gostosos, mas sem preencher a falta que faz um prato de comida mais diversificada. (Claro que vai muito do gosto de cada um. Mas eu, pessoalmente, gosto da Europa mas o meu estômago, depois de brasileiro, é asiático. Sei ficar sem pão, mas não sem arroz nem sem comida temperada.)
Algo bom de Paris é ter também esse cosmopolitismo de permitir que você encontre também coisas de outros países, não só da França.

Depois de uma semana em Paris, é hora de partir.
Pois o mundo é grande e, se a capital francesa tem muito a mostrar, outros cantos do mundo também têm.
Se você ainda não conferiu os relatos do meu bordejo por Paris nessa primavera, eles seguem abaixo:
Bordejos em Paris na primavera (Parte 4): O Museu do Louvre e o Musée d’Orsay em 15 fotos cada
Mais uma vez, passeando “com” vc.
Estive duas vezes em Paris.
Na primeira cumpri o roteiro das maravilhas: monumentos, museus, locais famosos . E me maravilhei.
.Ao voltar para casa já sabia q e teria q voltar. Ficara faltando tornar-me íntima da cidade (o possível). É isso só se consegue o caminhando , ” flanando”, saboreando e respirando a cidade.
E foi isso q fiz novamente, agora levada por sua mão.
OBRIGADA
Muita gentileza sua, Marcilia! Bem vinda!
Preciso voltar em Paris na Primavera e aproveitar estes seus pontos de vista ! Claro que com um pouco mais de tempo para estar inteiramente integrado a paisagem!
Ahhhhh!… ja estou com saudades de Paris!…. Os parisienses, que me perdoem mas, são um detalhes. Paris é nossa, é dos que a amam, é do mundo que ama as artes e a História. De tod@s aquel@as que amam suas luzes, suas cores, suas flores, seus encantos. Belle Paris. Tu est toujour Paris. Obrigada, viajante brasileiro. Se Deus permitir voltarei la.