Uma das atrações mais fenomenais em Hong Kong é o Grande Buda de Tian Tan, numa das montanhas dos arredores da cidade. São 34m de bronze do Buda sobre uma flor de lótus, numa localidade cheia de verde e visível à distância. Tian, vocês já viram no post anterior, é o conceito chinês de “céu” ou “mundo espiritual”. Tian Tan quer dizer “altar do céu”, e este modela um templo budista do século XV em Pequim que leva esse nome.



Caso você esteja admirado(a) de ver tanto verde numa metrópole densa como Hong Kong, vale saber que “Hong Kong” não é só a cidade propriamente dita. Há uma área ao seu redor que compõe a Região Administrativa Especial de Hong Kong, e que inclui dentre outras a Ilha Lantau, esta aqui, bastante verde.

Chegar aqui é fácil, mas vale a pena planejar. Há um cênico bondinho que te traz desde a última estação de metrô de uma linha (estação Tung Chung, saída B) até o alto onde estão o Mosteiro Po Lin, o “vilarejo turístico” Ngong Ping, e o Grande Buda.
Não faça como eu que chegou despreparado, sem ingressos comprados. Isso me custou 90 min na fila para comprar o ingresso do bondinho e mais 30 min na fila para entrar nele. Poupe tempo chegando lá com o ingresso já comprado online pelo site oficial. Você tem a opção da cabine normal ou da “cabine de cristal” (crystal cabin), com chão de vidro, que é mais cara mas mais panorâmica e geralmente tem filas menores para entrar.






O trajeto no bondinho leva bem uns 15 minutos, e te deixa já direto na área de interesse.

Eu havia comido antes de deixar o bairro de Tsim Sha Tsui, onde meu albergue ficava, mas depois de 2h de fila eu estava com fome de novo. Como o dinheiro estava contado, resolvi enganar o estômago com um suco de soja fermentada na garrafa. Coisa de chinês. (Não é mau.)
O vilarejo turístico de Ngong Ping lembra um parque da Disney, só que com temas orientais. Há basicamente lojas de lembranças, cafés, restaurantes, e atrações para crianças sobre artes marciais chinesas ou sobre a vida de Buda. Não me interessei muito (até porque as lembranças aqui são em geral caras), e cruzei a “vila” até o outro lado, onde inicia-se o mosteiro budista Po Lin. Para além do portal de entrada, é proibido entrar com álcool ou carne.





A área do mosteiro foi a mais bonita que vi neste passeio.
Há uma área ampla, ao ar livre, onde muitos chineses acendem incensos (alguns deles, enormes!) e fazem suas orações. Há também barraquinhas de souvenirs e amuletos da sorte, como em quase todo templo oriental, e há os magníficos templos propriamente ditos.
Se os altares que mostrei no post anterior, sobre minha visita a um templo taoísta, têm personagens da religião tradicional chinesa, os templos budistas chineses também têm, mas em geral o maior destaque é dado ao próprio Buda em suas muito diversas formas. (Sim, o culto não é simplesmente ao indivíduo Buda que viveu na Índia no século VI a.C. Há toda uma cosmologia complexa, que eu não entendo por inteira, e que inclui personagens como o iluminado do leste, o iluminado do oeste, o guardião do norte, o guardião do sul, o Buda desta virtude, o Buda daquela virtude, cada um numa postura diferente, etc.)











Sentei-me ali perto num dado momento para comer tofu preparado num balde de madeira e, segundo eles, feito com “água da montanha”. Joguei um açúcar por cima, e não deixou de ser uma sobremesa meio boba, mas comível. (Há no mosteiro umas lanchonetes vegetarianas mais diversificadas também; eu é que fiquei atraído pelo tal tofu feito com água da montanha.)
E faltava, finalmente, subir à grande estátua do Buda, logo ali. Prepare as canelas. A escadaria é um tanto longa, mas a subida vale a pena pelas vistas lá.
Deixo vocês com elas.




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Maravilha meu jovem viajante, Um verdadeiro espetáááculo de beleza, de religiosidade, de cores tudo isso diante de uma natureza exuberante e poderosa, linda, rica, magnifica, Parece telas saídas de pinceis de pintores famosos. Maravilha de arte e esplendor onde se associam a mão do Criador e os sentimentos da Sua criatura. magnifica região, belíssimas paisagens, encantadora representações religiosas que enchem os olhos e alegram o coração. Lindíssimas paragens, templos magníficos, ricos de expressão e beleza. Parabéns, viajante. Deliciosa viagem, excelente postagem