(Este é um post longo. Eu poderia tê-lo fragmentado, mas optei por preservar o todo.)
Parece até a Catedral de Notre-Dame à beira-mar. Estamos na Nova Caledônia, um departamento ultramarino francês bastante longínquo da “metrópole”, como eles ainda chamam. Às vezes nem parece que estamos no século XXI.
Até aqui vocês me acompanharam por nações independentes na Oceania, países onde há uma certa precariedade material, grande presença de australianos e neozelandeses (tanto turistas quanto missionários vindo ganhar almas para suas igrejas fundamentalistas), e dominância do inglês como segunda língua. Já nas posses da França na Oceania — que ela nunca libertou — a banda toca diferente.
Segmentei a minha experiência aqui em partes. Juntas, elas talvez lhe darão uma boa ideia da Nova Caledônia hoje.
Manu e a chegada

Apenas 1h30 de avião separam Port Vila, em Vanuatu, de Nouméa, a capital da Nova Caledônia. Chegando ao aeroporto, você já percebe um outro nível econômico, muito diferente. Continuamos na região da Melanésia, a terra dos negros que não são da África, mas aqui oficialmente agora em território francês. As instalações, embora de tamanho modesto, são bem melhores que na maioria dos países independentes da Oceania.
Chegando ao aeroporto, era noite, e fui logo à única casa de câmbio disponível trocar o que me sobrava de euros por francos pacíficos (francs pacifiques). Embora estejamos legalmente na França, aqui não se usa euro. 1 EUR está há muitos anos cotado em 119 francos pacíficos. Como a cotação é fixa, as casas (e bancos) ganham dinheiro é com comissão. (Se tiver que trocar, troque logo um bocado. Não espere pagar nada em euros aqui, muito menos em dólares.)
As pessoas trocam logo enquanto aguardam a bagagem chegar, mas é possível trocar depois de sair à área geral também. Atendeu-me uma elegante francesa alourada de seus trinta e poucos anos, que me disse que aproveitasse a oportunidade pois, assim que todo mundo recolhesse as bagagens, a casa fecharia — como fechou. O aeroporto é relativamente espaçoso e elegante, mas de pouco movimento.


Aguardava-me Manu, um motorista de traslado particular que eu contratei pela internet. Não há transporte coletivo saindo do aeroporto até a cidade de Nouméa, a 52 Km, e os táxis — quando disponíveis — podem ter preços exorbitantes. A Nova Caledônia é um lugar caro, eu descobriria.
Manu era um rapaz negro de cabeça raspada e ar sossegado, confiante. Eu a princípio pensei que ele fosse melanésio, mas ele me disse que era da Martinica, território francês das chamadas Antilhas, no Caribe — e uma cópia do personagem Driss, do ator Omar Sy, no inesquecível filme francês Intouchables de 2011 (se ainda não assistiu, assista).
“A gente vê a diferença. Não confunde, não”, respondeu ele divertido quando perguntei se aqui não achavam que ele era melanésio, sendo negro nesta parte do mundo.
“Nós do ocidente estamos sempre com a cabeça raspada. Já os kanak [apelido dos nativos aqui da Nova Caledônia] gostam de deixar o cabelo crescer”, explicou.

Verdade seja dita, depois que ele falou, eu reparei. E há outras diferenças: os melanésios me pareceram ter maçãs do rosto mais protuberantes, e narizes mais largos. Fomos conversando enquanto ele me levava para Nouméa naquela boa estrada, tudo já escuro.
— “É bom a França, porque você pode viajar o mundo todo sem sair da França: eu saí lá do Caribe e vim morar cá sem dificuldades. Eu posso ir pra a Île de la Réunion, na África, pra a Polinésia, pra a Europa...”, completou ele com a tranquilidade da segurança.
— “Você acha que eles aqui vão ficar independentes?“, perguntei-lhe, sabendo que em 2018 haverá um referendo.
— “É possível, mas eles já têm bastante autonomia, hein. Não é como antigamente, que você de repente se via independente. Capaz que vão fazer uma coisa gradual aqui — e continuar pedindo ajuda à França mesmo depois”, completou ele rindo.
— “E a Marnitica?”, perguntei eu, gozador.
— “Ha! Imagina, a gente não tem recurso nenhum lá, só produz abacaxi e cana de açúcar, iríamos fazer o que independentes? Melhor permanecer com a França”, disse ele seguro de sua opção.
E seguiu dizendo enquanto olhava a estrada: “Aqui eles têm níquel, a segunda maior reserva do mundo, você sabia? Eles aqui, capaz que conseguem prosperar sozinhos.”
Na verdade, é a quarta maior reserva, mas disso eu veria mais depois. Já um tanto tarde à noite, chegamos ao meu albergue — o único da cidade, diga-se de passagem, embora a cidade não seja pequena, como eu veria no dia seguinte.
Solène e o futebol

O albergue da juventude de Nouméa, numa colina de bela vista para a cidade, é um prédio das antigas, daqueles albergues estilo YMCA sem muita personalidade — um alojamento de jovens, com dormitórios e uma grande cozinha compartilhada. Por toda parte, jovens quase todos franceses com aquele jeito conversador confiante e cheio de si que eles têm.
Na noite anterior eu havia apenas retirado na recepção o meu “pacote” de roupas de cama e ido dormir. Pela manhã, fiz o check-in com Solène, uma francesa de seus 35 anos, simpática e bem ativa, de cabelo comprido escuro e uma deveras solene comissão-de-frente que chegava a me atrapalhar o raciocínio quando eu ia falar com ela.
Como haveria uma decisão de futebol entre França e Portugal naquela manhã, Solène tinha as bochechas pintadas com bandeiras francesas (que a deixavam mais fofa ainda), e que se viam enfeitando o albergue afora também. Jovens franceses fumavam e tagarelavam em algazarra.
O jogo seria transmitido num telão na Place des Cocotiers [Praça dos Coqueiros], a principal da cidade, e eu cheguei a tempo de ver a França perder. Na multidão que assistia, havia uma quantidade de franceses brancos somados a nativos negros da Nova Caledônia, mas que pareciam torcer pela França de qualquer forma. Como eu logo veria, contudo, não eram todos.

Mais tarde, eu voltaria ao albergue para guardar umas comidas e ver a decepção dos animados franceses. Solène não ligou: disse que era isso mesmo, que o importante era a diversão. Mas nem todos tinham esse fair play.
“Você viu, nós perdemos!”, chegou revoltado Jerôme, o rapaz francês (um loiro dos seus 30 anos) que faz o turno da tarde na recepção. “Portugais de merde!” [Portugueses de merda!], esbravejou ele tentando manter um ar cool, mas visivelmente insatisfeito.
À mesa mais adiante de mim, sentada estava a tia da limpeza almoçando às duas da tarde após o serviço — uma senhora negra, gorda, de lenço na cabeça estilo Tia Anastácia. A tia não disse nada, continuou a morder a coxa de frango e fez uma cara de “Tô pouco me f*dendo pra vocês. Achei foi bom.”
Eu, no meu canto, só olhava aquele lance colonial se desenrolar.
Nouméa: A cidade, a padaria, a igreja
Nouméa tem 200 mil habitantes e, embora não seja uma metrópole, tampouco é uma cidade pequena. Ela é, em verdade, a maior cidade de todas as posses francesas no Oceano Pacífico (que ainda incluem, além daqui da Nova Caledônia, Wallis & Futuna e toda a ampla Polinésia Francesa).

Afora a Place des Cocotiers, coração da cidade com os muitos coqueiros que lhe dão nome, há uma marina, um mercado municipal amplo (com comidas e souvenirs), uma Chinatown microscópica (que me parece ter mais polinésios que chineses), e várias outras ruas com comércio diversificado que às vezes faz parecer mais que você está na França propriamente dita (à la metrópole, como eles dizem aqui) do que na Oceania. Muito diferente de Fiji, Samoa ou Vanuatu, que eu havia visto até o momento.
Tinham me contado histórias de horror sobre os preços das coisas aqui na Nova Caledônia. De fato, muitas coisas (as importadas) são bem mais caras, embora que só o fato de, num lugar longínquo do Ocidente como este, você achar champagne francês e vinho do porto no supermercado já é uma regalia rara. Mas nas padarias você paga quase o mesmo que em Paris, e menos que em Londres ou Amsterdã. Considerando-se a distância que tantas coisas precisam atravessar para chegar até aqui, não é tão mau. (Calibre o seu orçamento como se estivesse indo para a França, porque está.)







Eu, todo dia de manhã, descia a ladeira e as escadas que separavam o meu albergue do centro, e ia tomar café numa boulangerie [padaria], onde uma senhora francesa branca de cabelo ruivo curto, voz raspada de fumante e ar divertido atendia os clientes. Polida, como se eu estivesse em Paris, ela me oferecia até o jornal do dia. “Le journal du jour, monsieur?“. “Non, merci, madame.”
Pedi-lhe o meu café preto curto (espresso) com um pão doce e dei lugar à moça vietnamita que vinha depois na fila.
— “Je voudrais un pe au rese” (sic), disse a moça.
— “O que??“, retrucou a coroa sem entender, e já ativando o seu lado jocoso.
— “Pen au resen” (sic)
— “Aaah, pain aux raisins! Repita: pain aux raisins“, botou ela a vienamita pra pronunciar direito o pão com passas francês, aquela coisa amanteigada maravilhosa em formato de espiral.
A asiática, tímida, pagou o pão, pegou e foi embora com aquele sorriso amarelo.
A grande maioria dos não-nativos que você vê aqui em Nouméa são franceses “da metrópole” que vêm trabalhar ou estudar aqui. Na verdade, apenas 40% dos habitantes são kanak, nativos; 27% são europeus; 8% são polinésios das ilhas próximas de Wallis & Futuna; e o percentual restante é dividido entre outros imigrantes da Oceania e demais estrangeiros.

A cidade em si, confessemos, não é lá grandes coisas em termos de atração turística. Às vezes parece mais que você está em algum bairro qualquer de São Paulo ou Belo Horizonte — com suas ruas de calçadas acimentadas, alguma arborização, o supermercado da cidade com aquele mesmo aspecto (e até a mesma rede!) que no Brasil, e o racismo inerente que você percebe no andar taciturno dos negros e confiante dos brancos nas ruas.


De cada 15 carros que passam, apenas em um o motorista é negro. Eu às vezes me punha a observar enquanto saboreava o meu café. Já nos ônibus, os únicos brancos são turistas, de mapa na mão; o restante todo são negros mais alguns imigrantes polinésios e asiáticos.
Num dia em que saí para dar uma volta, desci atento pela ladeira (que acontece de ser ponto de drogas) e alcancei o centro. Eram 7h da manhã e, na rua à frente por onde eu passaria, uma jovem negra se explicava à polícia enquanto segurava, com as duas mãos, tensa, a sua garrafa de 600ml de coca-cola. Certamente o seu café da manhã, como o de tantos aqui. Os dois policiais grandes e mestiços pareciam querer informações, ou viram-na na cena do crime: um carro arrombado, com o vidro quebrado.
Uma idosa negra passava taciturna, vagarosamente como a sua idade demandava e olhando ao redor. À minha frente, uma jovem francesa loira atravessava a cena com a segurança de quem sabe que alguém como ela não será desrespeitada. Eu segui atrás, também branco o suficiente aqui para estar imune a quaisquer eventuais abusos. Atravessei a cena, passei pela Place des Cocotiers ainda semivazia àquela hora da manhã, e segui para o mercado.
O mercado de Nouméa lembra algo dos mercadões fechados brasileiros mais organizados — e, naturalmente, os mercados cobertos franceses. Só que aqui há uma diversidade étnica maior que na “metrópole”. Vi negros, brancos, asiáticos, e polinésios arrumando, vendendo e comprando verduras, e conheci uma dupla de pai e filho escultores. Você também vê muito do colorido têxtil típico aqui da Oceania.




Olhando tudo lá de cima, como manda a boa tradição francesa, está a Catedral de São José, terminada em 1897 — mesmo período do Sacré-Coeur de Monmartre, em Paris. A catedral, embora terrivelmente quente (os arquitetos franceses certamente acharam que estavam na Europa, e não na zona tropical da Oceania), é bonita e simpática.





“Quando o Inhame conta os Homens”
Embora haja na cidade um Museu da Nova Caledônia, com algumas esculturas kanak, muito mais interessante para se descobrir as origens e o decorrer histórico deste país é visitar o Centro Cultural Tjibaou, um pouco fora da cidade. Da Place des Cocotiers é possível tomar um ônibus, e lá é o fim de linha. Na praça há um quiosque de informações que te diz qual ônibus tomar.
Quando eu o visitei, estava havendo uma exposição fotográfica e documental sobre a sociedade tradicional kanak, aqui da Nova Caledônia, e o papel crucial do inhame como seu alimento mais fundamental. “Quando o Inhame conta os Homens” (Quand l’igname raconte les hommes). Havia poesia, vídeos, etc. Narrativa de uma sutileza artística que dificilmente se encontraria nos países de língua inglesa.
“Como o homem, eu passo de seis a nove meses no ventre da minha mãe, nas profundezas da terra, antes de ver o dia. Eu sou o gêmeo do homem.”, dizia o fragmento de uma longa poesia sobre o inhame e a vida tradicional dos kanak.


A exposição se dava num contexto maior, da exposição permanente no Centro Cultural Tjibaou, um lugar bem interessante se você gosta de aprendizado cultural, e que conta também com uma área natural com árvores nativas que os kanak tradicionalmente utilizam, etc.
O centro meio que é uma faca de dois gumes, todavia. Se por um lado ele mostra algo da cultura tradicional kanak e homenageia seu líder independentista Jean-Marie Tjibaou (1936-1989), padre nativo que largou a batina para entrar no ativismo político tentando libertar o seu povo, por outro há uma eulogia aos patrocinadores da exposição: a companhia estatal de mineração que é a raison d’être — a razão de ser — econômica da presença francesa aqui, e razão também de enorme devastação ambiental causada nesta ilha que tem a segunda maior barreira de coral do mundo, após a Austrália.

“Hoje, a 7ª geração de caledonianos trabalha na SLN“, começa um dos anúncios com fotografias de funcionários felizes da Societé Le Nickel (SLN), nomeada para a sua função de extrair o níquel da Nova Caledônia, a qual — apesar do seu tamanho — tem a quarta maior reserva desse minério estratégico no mundo (após Austrália, Brasil e Rússia, nesta ordem). “A SLN e os seus empregados atravessaram o tempo desde 1880“, diz outro, remontando à época de pouco depois de a França tomar posse destas ilhas em nome de Napoleão III em 1853.
Como em outras partes da Melanésia, os nativos daqui (os kanak) já viviam nestas ilhas há cerca de 3.000 anos. Embora hoje este seja um domínio francês, quem batizou a ilha com o seu nome atual foi o célebre capitão inglês James Cook, que a chamou de Nova Caledônia por esta lembrar-lhe da Escócia, que os romanos antigos chamavam de Caledônia.
Com a tomada pelos franceses a partir de 1853, daqui foi feita uma colônia penal — aonde acabaram vindo muitos dos revolucionários da Comuna de Paris dos anos 1870 e outros presos políticos. (Quase todos eles, no entanto, voltaram à França depois.) De quebra, vieram doenças como varíola e sarampo que mataram mais da metade da população kanak. Os nativos sobreviventes foram praticamente excluídos política e economicamente dos empreendimentos em suas terras ancestrais, envolvendo-se apenas como trabalhadores braçais na mineração.
Só em 1953 é que os nativos ganham direito à cidadania francesa, e a Nova Caledônia se torna “departamento ultramarino” em lugar de colônia. Os grandes lucros da exploração do níquel, contudo, permanecem em mãos francesas.






A Costa
Eu até aqui, talvez vocês tenham estranhado, não falei da costa nem do mar. Nouméa tem sua marina próxima ao centro, o seu mar se vê fácil, mas todas as praias dignas de nome na verdade ficam numa parte mais afastada — e mais turística — da cidade. É necessário tomar um ônibus, que faz uma volta por onde há hotéis, um bom oceanário (o Aquarium), e uma simpática orla por onde passear.
Num dos dias, depois da chuva, eu fui lá. Nouméa tem um hábito deveras estranho de chover do nada por dois minutos e parar. (Eu marquei no relógio depois de testemunhar a coisa um par de vezes.) Eu me sentia como num set de gravação de filme, em que alguém fez a chuva cinematográfica por dois minutos e depois desligou a mangueira.
Tomei um ônibus que passou pela Baía dos Limões [Baie des Citrons] e chegou a Anse Vata, a principal praia da cidade. Verdade seja dita, ela não se compara às praias do Brasil, mas tem a sua beleza.







Por ora, passeei pela orla, visitei algumas lojas absurdamente caras voltadas aos turistas que se hospedam no Hilton e nos demais hotéis chiques por aqui, e por sorte achei uma feirinha de comidas e artesanatos diversos, por ser a semana do 14 de Julho, feriado nacional francês da Queda da Bastilha e marco inicial da Revolução Francesa de 1789.

Como é a França, havia desde quitutes amanteigados de padaria até feijoada caribenha, feita e vendida aqui por franceses das posses de lá, além de coisas típicas aqui do Pacífico. Tomei uma sopa asiática e fiquei por perto tempo suficiente para ver o próximo da fila, ao pagar, derrubar uma moeda dentro da sopa. A vendedora asiática pescou a moeda de volta — com algum esforço — e continuou como se nada houvesse ocorrido.
Experimentei também um feio mas saboroso doce polinésio chamado Po’e. Doce de fruta misturada com goma de raízes e calda de leite de côco — negócio de Deus. Há de várias frutas diferentes, mas o po’e de banana me pareceu o mais popular.

Comi e ainda levei sobra pra casa — pois tive a gulodice de comprar dois, um de banana e outro de mamão. (O de banana é melhor.) Guardei no freezer do albergue, um lugar temível, daqueles freezers que são na verdade uma sala onde você entra — e onde eu tinha um medo horrível de que me trancassem. Parecia coisa de filme com esfaqueamento de jovens, tipo “Eu sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado”.

EPÍLOGO: A Estação Marítima
À Gare Maritime [Estação Marítima] eu fui para me informar sobre os navios até a vizinha Île des Pins [Ilha dos Pinheiros], um dos lugares mais belos na Terra, parte aqui da Nova Caledônia. A estação fica no centro.
A ida de ferry para a Île des Pins só rola uma vez por semana; no mais, é preciso ir de avião, ainda que o trajeto marítimo seja de apenas um par de horas. Vale a pena comprar as passagens um dia antes pra garantir.
Atendendo nos guichês havia dois coroas aqui do Pacífico: um tiozão negro melanésio de sorriso forte e cabelo já grisalho, e uma tia mais clara que parecia misturada com polinésio — poderia ser taitiana, e teria idade pra ser minha mãe. Pra comprar, era preciso ter em mãos sua identificação, o endereço de onde você está… e o telefone de onde você está.
A tia foi simpatissíssima: quando eu não soube o número do telefone do albergue onde estava ficando, ela mandou uma menina procurar na internet e, não achando, ligou pro número de informações e obteve o dado. Na maioria dos outros lugares, teriam mandado você se virar.
“Só há ida e volta às quartas-feiras“, informou-me a tia, “mas esta semana sai excepcionalmente na quinta, por causa do feriadão. Você sabe, dia 14 é a ‘festa nacional‘” — e completou fazendo uma cara de vômito, como quem não se sente minimamente identificada com a celebração francesa.
Troquei um sorriso de cumplicidade com a senhora e obtive as minhas passagens. Como nos relembra a bandeira de Minas Gerais: Libertas quæ sera tamen, “liberdade ainda que tardia”. Nos dias seguintes eu ainda conheceria mais desta colônia do século XXI.
Nossa…. Interessante, divertida e curiosa a postagem.
Exceto pela bela costa de lindas águas azuladas e vida marinha, surpreendente e diferente a região, com suas semelhanças com a cultura e vida francesas, tão longe da metrópole e em meio à distante Oceania.
Belissima costa, lindos coqueirais, belos corais e lindos animais marinhos. Um esplendor da natureza, Um espetáculo à parte.
Curiosa, significativa e bela a arte local. Interessante a figura do inhame como comparativo com os humanos. Expressivas a pintura e a escultura.
Bela praça, elegante aeroporto, bela catedral, charmosa arquitetura do museu.
Um presente surpreendente rencontrer Boulangeries com suas ”coisas de padaria” e quitutes delicioooooooosos em plena Oceania, com ar de quem está na bela Cidade Luz. ahhhh. É a glóoooria hahah Amei o” clima” haha e gostei da postagem compacta. É tão interessante que o leitor nem se dá conta que é longa.
E para não perder a oportunidade: Dá-lhe Portugal hahahaha.
Comme d’habitude, se apresenta ai a dificil realidade da exploração das riquezas e das pessoas, a subserviência e acomodação dos explorados e a ‘identificação inglória destes com os dominadores. Essa realidade desta e de outras regiões em estado semelhante, reduzidas a exportadora de matéria prima e fornecedora de mão de obra barata continua a ser uma chaga social, politica e econômica no mundo inteiro. A África e a America Latina que o digam. Pelo visto o mesmo ocorre ai na Oceania e na Ásia. Eis o capitalismo e suas mazelas.
Pedia ajuda para encontrar uma senhora na ilha ao lado da australia nova caledonia pois o meu filho faleceu num acidente de viação em Portugal e deixou uma namorada na zona de koné na qual tem um menino que julgamos ser nosso néto só temos a foto dela com o menino me tm 916643675 Valado dos frades portugal
Me desculpem estar a tentar uma ajuda pois eu sou portugues tive um filho que esteve a trabalhar na nova caledonia mais precisamente em Konê nas minas de níquel era soldador sei que ele tinha la uma namorada e um neto meu nao sei o nome da mae do meu neto mas tenho a foto Se me poderem ajudar agradeço