Budapeste se tornou uma das mais visitadas cidades da Europa, mas pouca gente que vem à Hungria ainda vai além dela. A capital húngara pode ser linda, mas não é a única beleza que o país tem.
Uma opção que visitei recentemente — da qual eu, confesso, nunca havia ouvido falar até um húngaro me recomendar — é Szentendre (lê-se SENnten-dré, e quer dizer Santo André mesmo), uma fofa cidadezinha a 40min de trem da capital.
Eu vim aqui num dia chuvoso com amigos, e mesmo o cinza não foi capaz de tirar as cores da cidade.

Sanctus Andreas é mencionada pela primeira vez em 1146 nos registros históricos, em latim. O povo húngaro, que havia chegado a estas terras duzentos anos antes (nos idos do ano 900) e convertido-se ao cristianismo no ano 1000, chamava esse mesmo lugar em húngaro de Szentendre. Apesar da antiguidade, estamos falando do que é hoje uma cidadezinha de apenas 25 mil pessoas.
Numa tarde — ou, se você quiser ver melhor as lojinhas e pequeninos museus, um dia inteiro — você vê tudo e percorre todas as ruas de sua parte histórica. Há calçamento antigo, casario típico aqui da Europa Central, e muitas guloseimas húngaras na rua para experimentar.







Szentendre é conhecida entre os húngaros por sua alta concentração de sérvios. Quando tudo isto eram terras do Império Austríaco (posteriormente, Austro-Húngaro entre 1867 e 1918), essas várias nacionalidades viviam misturadas.
Aqui foi por séculos uma das mais relevantes fronteiras da Europa, entre o Império Austríaco dos Habsburgo (cristão) e o Império Turco Otomano (muçulmano). Quase todo esse sudeste da Europa foi por centenas de anos domínio dos turcos, que ocuparam a atual Hungria por mais de 150 anos (de 1541 a 1699) e chegaram por duas vezes a cercar Viena. A existência de uma cultura de banhos termais aqui, assim como muitos elementos da culinária húngara, é influência turca. (Leia também Belgrado, Sérvia: Cristãos Ortodoxos entre os mundos austríaco e turco.)
Em Szentendre, quase tudo que se vê hoje data de a partir de 1690, quando os otomanos começam a ser expulsos. Daí esse visual mais clássico da época de Maria Teresa e outros imperadores da Áustria que propriamente medieval.




Não dá pra falar da Hungria sem mencionar as suas comidas. Sua culinária diferenciada, marcada por mais variedade e mais temperos que no restante da Europa Central, é uma das grandes características da Hungria. Aqui se mete alho, cebola, pimentão, e às vezes até pimenta tradicionalmente, coisa que a gente nem sempre vê na Europa. O resultado é que até as pizzas de rua ficam mais saborosas.




Vc sempre nos surpreendendo com tanta beleza. Parabéns!!
Uaaauu, Que fofura essa cidadezinha, Uma graça. Adorei. E o magnifico e majestoso Danúbio, impressiona pela beleza e pujança. Amei as ruelinhas, as barraquinhas, a linda igrejinha e as histórias. As comilanças enchem os olhos e dão água na boca haha. Lindas as flores. E as pimentas então, estão maravilhosas, Muito bonitas. Aqui tambem no Brasil elas são usadas contra mau olhado.
Achei lindos os tons das casas , as flores nas paredes e os enfeites nas ruas. Adorei as árvores nas calçadas. Um convite ao descanso e à apreciação da natureza . Essas mesinhas nas calçadas me encantam, Dão um ar gostoso e são m convite ao papo e à descontração. Muito agradável, Adorei, Amo cidades assim: pequenas e acolhedoras. valeu, viajante.
Estive em Zsentendre em julho de 2018, realmente uma cidadezinha graciosa e acolhedora. A Hungria tem uma culinária excepcional, na verdade foi o país onde melhor comemos na excursão. Gostaria de voltar e visitar todo o país porque é muito bonito e acolhedor. As pessoas são muito simpáticas e receptivas,