Lá estava eu no meu magnífico apartamento alugado em Roma, próximo ao Vaticano, preparando-me para definir o que mais eu veria aqui na Cidade Eterna. Roma tem uma infinidade de atrações datadas dos seus mais de dois milênios e meio de História, e mesmo quem mora aqui admitirá que há coisas que ainda não conhece.
São escolhas difíceis. Porém, eu diria que há um “básico” — para além do Vaticano, já retratado no post anterior — essencial aqui que você não pode deixar de ver. (As opiniões certamente vão divergir.) Acompanhem-me neste passeio.

Na primavera, o sol de Roma dá o ar da sua graça numa temperatura fresquinha, amena, nada comparável aos tórridos verões italianos. Eu acho abril e maio os meses perfeitos para aqui estar.
Uma fatia de pizza cortada a tesoura (como eles aqui fazem), um forte café italiano, e/ou uns biscoitos ou croissant — a culinária italiana é parte essencial da sua visita a Roma, também.


Em Roma muita coisa fica próxima uma da outra. Tomando o inevitável Vaticano como início, você pode seguir ao sul para ver a vizinhança de Trastevere ou cruzar a ponte sobre o eterno Rio Tibre (Tevere em italiano) para onde a maioria das atrações de peso estão concentradas — no que era o centro antigo de Roma.
Você caminha 100m e se depara com vistas que o congelam. Aí você para pra absorver toda a riqueza de detalhes diante dos seus olhos.





Prepare-se, naturalmente, para grande número de turistas. As ruelas e becos onde essas atrações históricas se encontram ficam parecendo quase uma Disneylândia. Se você assistiu ao filme de Woody Allen Para Roma com Amor (2012), talvez reconheça os becos tranquilos — alguns mais, outros menos — por entre as casas em tons pastéis.





E, continuando com o nosso retrato de Roma, não se pode esquecer que essa é, de acordo com as estimativas, a cidade com o maior número de igrejas em todo o mundo. São centenas, e visitar todas elas não é uma tarefa factível, mas há pelo menos algumas pelas quais você não deve passar batido.
Uma delas, talvez aqui a mais visitada após a Basílica de São Pedro, é a de Santa Maria Maggiore. Dizem que aqui há uma igreja desde o ano 432, mas a basílica que você vê hoje foi completada em 1743.




A outra igreja que você não deve deixar de ver é a arquibasílica (título único no mundo) de San Giovanni Laterano, a catedral de Roma — e, portanto, do ponto de vista católico, a igreja mais importante da cidade, tendo precedência até mesmo sobre a Basílica de São Pedro no Vaticano. É aqui a cátedra oficial do bispo de Roma, que é o papa.
A igreja foi consagrada no ano 324, mas reformada diversas vezes, daí você encontrar hoje a edificação barroca neoclássica terminada em 1735.





E tal qual uma banda que deixa para o final do show a música que todo mundo espera ouvir, eu é claro não posso deixar de incluir o Coliseu. Esse milenar anfiteatro, que diziam poder comportar até 80 mil pessoas, era o principal palco para apresentações teatrais, execuções públicas, e os clássicos combates de gladiadores na capital do império.
Seu nome original era Amphitheatrum Flavium, pois foi construído sob três imperadores de uma mesma família, da chamada dinastia flaviana: Vespasiano, Tito, e Domiciano, os quais governaram um seguido ao outro entre os anos 69 e 96 d.C.
O “coliseu” tem esse apelido, dizem, porque havia um colosso de Nero (que ele próprio mandou construir, é claro) na vizinhança.
Essa arena continuou em uso para competições até o século VI. Mas como a Itália é uma região de frequentes terremotos, o coliseu sofreu danos consecutivos ao longo do tempo. Sua maior perda foi num terremoto em 1349, quando cedeu grande parte de sua estrutura.
O que permanece hoje à vista, contudo, quase 2.000 anos depois, não é pouco. Ele segue sendo uma das obras melhor preservadas da Roma Antiga.



Assim eu deixo vocês com este breve compacto do básico de Roma para além do Vaticano. Agora era hora de eu rumar a outras belas paragens da Itália.
Se você tem outros pontos favoritos a recomendar em Roma, não deixe de comentar.
(E se você pensa em vir, não deixe de antes ver também as minhas observações em Comendo na Itália: Particularidades, dicas e alertas. Evite as furadas em que a maioria dos turistas se metem e depois voltam para o Brasil dizendo que se decepcionaram com a comida na Itália.)
Ahhhh!…como é dificil descrever as emoções que perpassam pelos corações diante dessa cidade eterna!….. sua historia, seu legado cultural, artístico, e as maravilhas das suas construções, monumentos e arquitetura, ricamente decorad@s, recheadas de fatos, figuras/personagens, acontecimentos, significantes e significativos para nós ocidentais e para os amantes da História e da Arte. As palavras se tornam insignificantes diante de tanta beleza e esplendor. Incrível a magia de Roma e do seu contexto histórico cultural e artístico. Incomparavelmente belo. Não ha como descrevê-la. É preciso sentir e viver Roma, a eterna Roma cuja História salta aos olhos de quem a visita e transpira nas suas ruelas, como se de repente ao dobrar uma esquina se topasse com aqueles personagens do passado que fizeram parte da sua História. O passado se faz presente nas suas ruelinhas, praças monumentos, ruínas e igrejas. A Historia está viva em Roma. Estão vivos os seus heróis e anti-heróis. Rafhael Miqueangelo, Bramante, Bernini, Tintoreto, Da Vinci e tantos outros, parecem cruzar com os que a ela se achegam, deslumbrados com a sua beleza. AVE Roma. Os que estão na Terra de saúdam, cidade Eterna.
Obrigada, jovem viajante por despertar tamanhas emoções em quem visita Roma e percebe seu espirito eterno e encantos através das suas postagens. Obrigada. Parabéns.