Há algo de lindo no Reino da Dinamarca. Copenhague é daquelas cidades que eu estou aprendendo a gostar. Tendo já morado por muitos anos em Amsterdã, sempre achei petulância a capital dinamarquesa querer reclamar para si o título de “capital europeia das bicicletas”. Além disso, nunca apreciei a xenofobia notória dos dinamarqueses.
Porém, os copenhaguenses são simpáticos, animados, têm uma joie de vivre (alegria de viver) acima da média e sui generis na Europa. Não é a alegria jocosa e algo malandra dos mediterrâneos; é a franqueza dos europeus do norte — inclusive de mulheres que, tendo seus direitos bem respeitados, afirmam-se sem necessidade de nada dissimular — associada à cultura celebratória da cidade, numa espécie de franca e frequente alegria da celebração. Observe-os e verá.
Brasileiros, curiosamente, têm o hábito de associar a cidade à rede de casas de chocolate Kopenhagen, fundada por um casal de letões de origem alemã no Brasil nos anos 1920, e que nada têm a ver com a Dinamarca e sua capital — apesar do nome. Se você perguntar por “chocolate tradicional” a um dinamarquês, provavelmente provocará o mesmo sorriso de “Oi?” que teria se fosse a Fortaleza e perguntasse pelo “famoso queijo cearense”.
As virtudes e famas de Copenhague, na verdade, são outras. Quero mostrá-las passo a passo em cada uma das estações, agora que moro perto e posso vir aqui com mais frequência. Vai ser uma coisa meio Vivaldi, começando pelo outono.



Esta é uma fama que pouco chega ao Brasil, mas na Europa Copenhague é tida como uma de suas capitais mais vibrantes — certamente “a” mais vibrante de todo o mundo nórdico. Não é só pela elegância da cidade; é muito mais pela sua personalidade cultural: Ciclovias, ambientalismo, vida jovem alternativa, e uma espécie de cultura gourmet neo-nórdica dão uma marca e uma vida muito pulsante a Copenhague.
Nas brumas do outono, por entre as árvores se desfolhando, você vê muitos dos jovens de Copenhague a pedalar para o estudo ou para o trabalho.






Apesar da cara pouco límpida, essa água é relativamente limpa, não tem mau cheiro, e você pode ver as aves “de boa” ali.
Alguns brasileiros gostam de rebater os ambientalistas europeus, dizendo-lhes que “acabaram com as florestas de lá e agora querem se meter nas daqui”. Falácia. O Sul/Sudeste brasileiro tem menos floresta em pé que a Europa — e a Amazônia e o Cerrado mais ao norte do país só estão ainda de pé por questão de tempo, não por mérito de um desenvolvimento consciente da nossa parte. Basta ver o estado dos rios e cursos d’água nas cidades brasileiras.
O Brasil tem um patrimônio natural riquíssimo, mas que precisa ser bem melhor cuidado.

Sim, o sol abriu. Um sol de outono, desse que aqui tem um tom claro quase branco, uma luz diáfana que mesmo no entardecer não ganha aqueles tons dourados de amarelo do sol. Exceto nas cores no céu, onde aí sim você vê um espetáculo de tons.





A natureza dá o tom — os tons —, mas as pessoas aqui fizeram e fazem sua dança. Ou seja, Copenhague também tem as suas belezas humanas — e não me refiro aqui diretamente às belas dinamarquesas e dinamarqueses. Refiro-me às suas obras.
Nos posts das demais estações eu falarei melhor sobre as principais atrações em Copenhague, mas quero pelo menos mostrar algo do visual da cidade nesta época do outono.




Mas nem tudo, é claro, vai para os ambientes internos: as ruas continuam movimentadas. Deixo vocês com algumas imagens delas, e volto para falar das atrações de Copenhague nas próximas estações.







Que lindo é o Outono na Europa, com suas folhas amarelo-avermelhadas que cobrem como tapetes coloridos as ruas e avenidas das belas cidades. E Copenhague com suas construções antigas, seus belos cursos de água, seus locais aprazíveis suas lindas avenidas, casinhas coloridas e belos cenários, é uma das mais charmosas. Linda capital. Bela postagem,
Que maravilha essas folhas coloridas que cobrem como lindos tapetes, o chão dessa e de outras cidades nesse outono boreal. Um esplendor. Enchem os olhos de beleza. Bela estação. As cidades se engalanam e se colorem de festa. Amei.