Esses somos eu, Mishelle e Sandra, as minhas anfitriãs equatorianas em Quito, e Frank, o único ex-Testemunha de Jeová que eu já conheci na vida. Em mão, tenho uma inca kola, o guaraná-jesus do Peru e do Equador, refrigerante ame-o-ou-deixe-o cor ácido-de-bateria e de sabor chiclete. Eu já a havia mostrado aqui, em viagem ao Peru, mas deixemo-na de lado por ora. Há coisa melhor a se provar em Quito.
Nesse 1 mês em que vivi no Equador eu conheci algo dos comes & bebes daqui, e tenho algumas coisas realmente típicas a recomendar.
Quito, além do seu maravilhoso centro histórico retratado no post anterior, é também um lugar bem interessante do ponto de vista gastronômico. A culinária fina daqui lembra a do Peru, mas isso depende muito de você ir a restaurantes específicos com as “especialidades da casa”. Já o que eu pretendo aqui é mostrar a comida popular, as coisas corriqueiras do Equador, dessas que se acham em qualquer boa esquina de Quito — e que eu recomendo que você não saia daqui sem experimentar.







Em geral, a comida no Equador não é apimentada, mas eles usam um molho chamado ají, que é tipo um vinagrete levemente apimentado e que fica na mesa pra você mesmo pôr. Se você estiver com o orçamento limitado, o que não falta em Quito são restaurantes populares de USD 2,50 o almoço completo. Bem melhor que fast food. (O preço é em dólares mesmo, pois o Equador não tem moeda própria.)

Algo típico que não se come todo dia, que eu fiz questão de não comer, mas que não posso omitir, é porquinho-da-índia assado. Sim, eles aqui comem porquinho-da-índia. (O animal, na verdade, nem é da família dos porcos nem é da Índia, mas recebeu esse nome dos colonizadores espanhóis que o encontraram aqui, de onde é nativo, por acharem-no parecido e caracteríza-lo como sendo “das Índias” [ocidentais].)
Volta e meia você vê o bicho todo estirado assado no espeto, estilo porco assado e servido inteiro na Idade Média. Eu os pouparei de foto, mas já advirto que encontrarão essa iguaria típica no Equador.

Já se o seu interesse forem os “bebes“, há bom café aqui — ao contrário de alguns outros países mais a sul na América do Sul. Eu recomendo em especial a rede colombiana Juan Valdez, da qual sou fã desavergonhado.
No reino etílico, o que você não deve sair sem experimentar é um canelazo [canelaço], uma bebida alcóolica feita com canela, aguardente e açúcar mascavo, servida quente na jarra e tomada em canecas. Lembra um quentão, só que com sabor natural de canela. Nos bares da rua La Ronda, no centro histórico, você encontra com a maior facilidade. É a maneira mais típica de celebrar as amizades no Equador.


Ora ora… que comilanças e beberanças interessantes, meu jovem, exceto, claro o gosto pelo pobre porquinho da índia. Tao bonitinho, coitadinho. Afora isso gostei da descrição e aparência das ditas cujas haha Interessante a torta verde. Parece saborosa..
Conheci o Tamal no México e gostei bastante.
Essa bebida ai tem uns ares semelhantes a uma outra que tomei no Peru e também em Santiago do Chile: o Pisco. Só que a de lá não tem canela e não sei qual i tipo de álcool. E esta tem cor de limão hahah
Muito bem. Y viva Latinoamerica.
Amei o seu relato! Eu gosto é disso, dicas bem raiz mesmo com comida de rua e coisa barata haha.