O Uzbequistão é o destino “Rota da Seda” por excelência, e é extremamente fotogênico. Aqui estão todas as principais cidades históricas dessa rota na Ásia Central. Você pode hoje percorrer como turista o que incontáveis mercadores fizeram ao longo da História.
Se alguns dos vizinhos, como Quirguistão e Tajiquistão, atraem turismo mais por suas belezas naturais, o Uzbequistão é um destino principalmente urbano. Histórico, estético, arquitetônico, de cidadezinhas bonitas e charmosas.
Abaixo eu faço primeiro um balanço geral da minha estadia de pouco mais de uma semana no país, para em seguida compartilhar várias dicas e recomendações a quem cogita vir aqui. (Para ver os detalhes de cada lugar, é só clicar nos links para ler os posts individuais em cada localidade.)
- O que mais gostou. Da arquitetura típica com seus domos azul-turquesa.
- Visita obrigatória. As cidades de Samarcanda e Bukhara, em igual proporção. Você pode até não se deter na capital Tashkent se não tiver tempo; pode até não ir até Khiva; mas não dá para vir ao Uzbequistão e não ver Samarcanda e Bukhara. É uma obrigação moral e cívica.
- O que não gostou. Da excessiva comercialização de áreas históricas, como a Praça Registan em Samarcanda ou o centro antigo em Khiva. Entendo a necessidade de preservação, mas sou contra se colocarem torniquetes e bilheterias para entrar em áreas públicas.
- Queria ter visto mas não viu. O Mar de Aral — ou talvez eu já devesse dizer o Deserto de Aral, o mais novo deserto do novo, do mar que já está quase todo seco pela impensada ação humana sobre o ambiente. Fica no oeste do Uzbequistão, onde você pode ver os navios velhos agora sobre a areia.
- Comes & bebes a experimentar. Veja os detalhes na seção sobre esse tema mais abaixo, mas não espere grande culinária. Os uzbeques têm uma gastronomia básica, centrada em carne gorda assada (pela sua herança cultural de pastores nômades) com algumas influências russas.
- Momento mais memorável da visita. Estar sentado feito o príncipe da Pérsia, rodeado de construções majestosas, à sombra de uma árvore num dia de calor na Bibi Khanym Teahouse, em Samarcanda.
- Alguma decepção. Que os preços de muitos artesanatos e pinturas sejam proibitivos. Muita coisa bonita à venda, mas prepare os bolsos.
- Maior surpresa. O moderno trem de alta velocidade Afrosiyob, que eu não esperei que fosse tão confortável. Você viaja como se estivesse em algum país rico da Europa.
PRINCIPAIS DICAS

Visto & imigração. O Uzbequistão em fevereiro de 2019 isentou brasileiros, portugueses e muitos outros ocidentais da necessidade de visto. Agora é possível visitar o país por até 30 dias como turista sem qualquer papelada. Tampouco há qualquer tarifa de entrada ou de saída. Você pode ler em detalhes a minha experiência de imigração pelo Aeroporto de Tashkent neste post.
Você notará que todas as acomodações onde se hospedar lhe darão uma espécie de recibo oficial da sua estadia lá. Dizem que antigamente isso era rigorosamente visto pelos oficiais de imigração na saída, e li relatos de estrangeiros onde — ainda em 2018 — cruzando fronteiras por terra lhes solicitaram esses papeis. Hotéis, pousadas e até albergues continuam a dar esses recibos, é a obrigação legal deles, mas quando eu saí pelo aeroporto ninguém nem quis saber. Por via das dúvidas é bom guardar esses recibos dos hotéis, mas a política parece estar mudando e eles já não dão mais tanta atenção a isso.
Note, entretanto, que se você estiver portanto mais de USD 2000 (ou equivalente em outra moeda) ao entrar ou deixar o país, isso precisa ser declarado à alfândega.

Clima, quando vir & melhor época. A Ásia Central toda tem um clima temperado continental, o que quer dizer verões quentes (40ºC) e invernos bastante rigorosos (-30ºC).
A época de turismo aqui vai em geral de abril a outubro. Julho e agosto são de longe os meses mais quentes, embora junho também já comece a ter temperaturas acima dos 35ºC alguns dias. Os grupos quase todos vêm em abril, maio ou setembro, quando as temperaturas estão mais amenas. O miolo quente do verão, portanto, já é a parte baixa da alta estação, se é que vocês me entendem. Aí vai do gosto de cada um.
As temperaturas em julho para agosto são só para quem está habituado ao calor. As tardes às vezes são proibitivas, e você precisa fazer seus passeios pela manhã e à tardinha. É preciso se programar de acordo com seus gostos. Eu digo que o verão é mais adequado para quem gostar de levantar cedo, fazer as coisas de manhã, e não se importa demais com dias bem quentes. Se você gosta de rolar na cama até as 10 da manhã ou mais, melhor vir numa época primaveril (abril-maio) ou outonal (setembro-outubro).

Todos os anos, ocorre durante o verão (em geral no meado ou fim de agosto), o Sharq Taronalari (“Melodias do Oriente”) International Music Festival em Samarcanda. As datas são publicadas no início de cada ano.
Não sei ao certo sobre compra de ingressos, mas é coisa pra se programar para ver ou evitar as datas já que o evento acontece na Praça Registan, que fica bloqueada. Note que durante as semanas de verão que antecedem o evento, o acesso à emblemática praça também fica restrito a um número menor de horas (11-17h em vez de 9-19h).
Segurança. Insegurança aqui passa longe. Ir à padaria do seu bairro no Brasil provavelmente incorre em mais insegurança que viajar pelo Uzbequistão. O país é bem mais sossegado e pacífico que a América Latina, e tampouco há terrorismo. Só tome cuidado com os motoristas nas ruas, que são um pouco imprudentes.

Câmbio & Dinheiro. A moeda do Uzbequistão é o som, que eles leem como se fosse “sum” em português. A propósito, quase não há moedas: tudo é nota de papel, muitas notas de papel pois as cédulas têm valor baixo. Venha com bolsos bem folgados.
Traga euros ou, preferencialmente, dólares americanos para converter aqui. Não espere pagar nada em moeda estrangeira, exceto nos hotéis mais chiques (em cotações certamente ruins) ou agências de turismo (pouco necessárias num país de atrações quase todas urbanas). Portanto, carregue-se de soms para toda a viagem assim que possível. O Aeroporto de Tashkent acontece de ter uma casa de câmbio com boas cotações já no saguão de retirada de bagagens. Sugiro já trocar lá.
Pouco vi casas de câmbio nas cidades. Embora elas existam, não estão por toda parte como em outros países (mais uma razão para trocar logo no aeroporto). Na capital Tashkent, não vi nenhuma na rua; acho que só em bancos. Em Samarkand e Bukhara, como são mais turísticas, vi algumas casas de câmbio, mas poucas, e as cotações não eram necessariamente melhores que as do aeroporto.
Cartões são aceitos apenas em estabelecimentos mais formais; não espere usá-los em todo lugar como no Brasil. Há caixas automáticos onde se pode sacar dinheiro, mas há uma peculiaridade: as lojas, assim como a companhia ferroviária, frequentemente trabalham apenas com o Visa. MasterCard pouco é aceito aqui. Eu sei, coisa inusitada hoje em dia, mas aqui é assim.

Custos & Acomodações. Tudo é barato no Uzbequistão. Passei 8 noites no país com apenas 300 euros, afora os voos para chegar e sair do país. Depende um pouco do nível de conforto das suas acomodações, mas mesmo quartos individuais em aconchegantes pousadas familiares ou hoteis-butique não saem caro, menos de 50 euros por noite. Camas em dormitório de albergue saem por 10 USD/noite.
Refeições você pode fazer pelo equivalente a 5 USD em restaurantes nas cidades. Até menos que isso se quiser economizar e for em lugares mais simples — ou um pouco mais se quiser se fartar. Há muitas entradas a pagar em cada madraça ou mausoléu, mas estamos falando em geral do equivalente a 2-3 USD cada uma.

Trens e outros transportes. Viajar de trem é imperativo no Uzbequistão. As quatro principais cidades a visitar no país (Tashkent, Samarcanda, Bukhara e Khiva) estão separadas por algumas centenas de Km uma da outra, fazendo do transporte ferroviário a forma perfeita de se deslocar.
Entre Tashkent — Samarcanda — Bukhara, há os magníficos trens Afrosiyob de alta velocidade, que custam uma pechincha (USD 10-15) e o levam com conforto e a rapidez dos trens da Alemanha ou da França.
Há também outras opções de trens tradicionais, inclusive noturnos, para quem quiser experimentar. Neste outro post eu dou os detalhes dos trens no Uzbequistão e como comprar passagens online antecipadamente.
Voos domésticos são caros e desnecessários, e ônibus quase que se usam somente para ir a cidades pequenas. O que às vezes se faz é acertar transporte particular, sobretudo se houver outros com quem dividir o custo. Há quem faça isso sobretudo entre Bukhara e Khiva (você pode checar preços com os hoteis, que quase sempre podem arranjar isso), mas os trens continuam sendo a primeira opção.

Aonde ir, e quantas noites em cada cidade. Eu sugiro alocar um mínimo de uma semana ao Uzbequistão. Já que você vem até aqui, melhor aproveitar ao máximo.
Samarcanda e Bukhara, como eu disse mais acima, são as joias da coroa. Não dá para deixar de ver nem uma, nem a outra. Você verá um fla x flu na internet sobre qual a melhor, etc. e tal. Veja as duas; não ouse escolher. Pode escolher a sua favorita, mas só depois de ver ambas. As duas são maravilhosas de jeitos diferentes. (Caso alguém esteja curioso, eu, por razões que não sei explicar completamente, gostei ainda mais de Bukhara que de Samarcanda.)
Eu recomendo pelo menos 2-3 noites em cada uma das duas. Se você tiver que escolher onde se deter por mais tempo, aloque mais tempo a Samarcanda, que é uma cidade maior, com o dobro do tamanho de Bukhara e as atrações mais espalhadas. Já Bukhara é uma pitoresca cidade relativamente compacta onde quase tudo está mais perto.


Muitos turistas passam batidos pela capital Tashkent, mas já que você muito provavelmente chegará aqui pelo aeroporto internacional, aproveite para deter-se um bocadinho na cidade. É uma metrópole soviética com museus, praças e monumentos. (Ela tem suas madraças e mesquitas características também.) Vale um ou dois dias de passeio, a depender de seu ritmo e interesse. A depender da hora do dia em que você chegar, sugiro ficar 1-2 noites na capital.
Para fechar, Khiva é a menor das cidades históricas do Uzbequistão. Está mais afastada, e nem todos os turistas vêm até aqui. Eu sugiro vê-la, e sugiro passar 1-2 noites na cidade a depender do seu ritmo. É uma cidade bem compacta (ainda mais do que Bukhara): se você quiser fazer uma visita The Flash, numa tarde você vê praticamente tudo. Mas a atmosfera do lugar é gostosa; vale a pena fazer a visita de modo mais lento.

De Khiva você pode contratar passeios para ir ao que era o Mar de Aral, hoje um deserto — o mais novo deserto do mundo — onde ainda se veem sucatas de navios atolados na areia pelo mar que secou. É certamente uma sóbria visão do resultados dos impactos ambientais da humanidade. É um bate-e-volta de um dia a partir de Khiva, que qualquer acomodação organiza.
Por fim, uma nota de alerta. Alguns de vocês conhecem em inglês a expressão “templed out“, ou “churched out”, para designar quando você vê tanto templo ou igreja parecida que enjoa, pois começa a ficar repetitivo. Cuidado pois isso pode ocorrer com as madraças aqui no Uzbequistão, sobretudo se você passar muitos dias em Samarcanda, Bukhara e/ou Khiva. As construções com suas cúpulas azuis são espetaculares, mas são semelhantes entre si. A menos que você seja aficionado, cuidado para não exagerar na dose e acabar enjoando. Melhor curtir na dose certa e sair feliz.

Comes & Bebes. Embora haja quem goste (e eu não me incluo nesse grupo), a gastronomia não é exatamente o forte do Uzbequistão. Há pratos típicos a experimentar, mas eles se centram quase todos em carne, há pouco tempero, e pouca diversidade.
A comida varia muito pouco. Parecem os mesmos pratos, quase tudo da mesma qualidade, em todos os lugares. Mantys, uns embrulhadinhos de carne moída gordurosa com cebola e o perigoso creme no calor (embora haja uma versão com recheio de abóbora, mais saudável); lagman, uma sopa de carne; shashlik, churrasquinho de frango ou carne no espeto; saladas de beringela, pimentão e tomate salpicada de coentro; pilaf ou plov, um arroz algo oleoso (mas saboroso) com cenouras e carne tipo charque (às vezes vem banhado de gordura e fica até aquela poça no fim do prato); e pão redondo com chá. Eis a mesa típica e o feijão nosso de cada dia aqui na Ásia Central.

Volta e meia você encontra algumas coisas diferentes, como shivit oshi, um macarrão com creme que eles apelidam de green noodles. Mas o que você mais encontra são aqueles outros pratos. O saboroso mesmo, a meu ver, são as geleias típicas e frutas secas (damascos, pêras, ameixas… todas deliciosas).
Sobre as bebidas, há vinhos do Uzbequistão, porém que não se encontram em qualquer esquina — é mais alvejando turistas. Não cheguei a experimentar. O que eles bebem a todo momento mesmo é chá preto. Café você encontra, mas em geral é solúvel. Só em áreas mais turísticas você encontra café que não seja instantâneo (e se prepare para pagar preços de Europa por ele). Os leites de égua ou camela fermentado, notáveis no Cazaquistão e Quirguistão, eu também já não encontrei por aqui.
O que eu acho mais indignante é que seja uma região tão quente e eles não tenham o hábito de servir bebidas geladas. Na melhor das hipóteses, a cerveja ou refrigerante vem frio. É comum que muitas geladeiras estejam ligadas para gastar um mínimo de energia (numa região produtora de hidrocarbonetos e onde energia é barato).
Eles, habituados a beber chá durante as refeições, não se importam. Pra a gente habituado às bebidas geladas-a-ponto-de-virar-pedra no Brasil, é um acinte. Nunca antes na vida eu havia pedido uma Coca-Cola e o garçom me respondido com a pergunta se eu queria quente ou fria. Fria, e fria veio, com aquela temperatura de ovo que fica na porta da geladeira. Em menos de 10 minutos estava morna.

Compras. Há muito artesanato típico àqueles que gostam de compras e souvenirs no Uzbequistão. Cerâmicas, lamparinas de metal, tapetes… esses produtos que a gente associa com Aladim e o mundo islâmico.
No entanto, nem tudo é barato, e cuidado para não levar gato por lebre. Aja como se estivesse barganhando na Turquia, na Índia ou no mundo árabe, pois é parecido. Cansei de ver gente tentando vender tecido sintético como seda, ou cerâmica simples como porcelana. Discernir é preciso se você estiver interessado em qualidade, pois coisas realmente finas e feitas à mão estão misturadas a imitações industriais. Compare e avalie.
Os preços também são um tanto salgados, como no Irã. Vi muitas bancas de produtos expostos, mas bem pouca gente comprando. Os vendedores pareciam passar a maior parte do tempo sozinhos, às vezes entretendo um ocasional turista europeu curioso, às vezes um visitante uzbeque vindo da capital e realmente interessado em comprar.
Não desvalorizo o trabalho manual deles, mas se prepare para preços altos. Às vezes, pequenas lamparinas de metal saem a mais de 80 USD. Pinturas, não necessariamente melhores que aquelas encontradas no Sudeste Asiático, aqui eles querem 80-100 USD por tamanhos que em outras partes da Ásia saem por 10-20 USD. Há muita coisa bonita, fotogênica, mas não espere preços baratos, e se prepare para negociar se quiser comprar algo.


Idioma & trato com as pessoas. Dá para se virar com inglês? Um pouco, o suficiente, mas não muito além disso.
As pessoas aqui falam uzbeque (ou tajique) como primeira língua, e russo como segunda língua. Inglês, quando falado, é como terceira língua, e só os mais jovens têm algum domínio do idioma de Shakespeare. Nas acomodações, é de praxe que haja pelo menos uma pessoa (frequentemente um filho ou filha do dono) que fale inglês. Mas fora dali, em restaurantes, com motoristas, em casas de câmbio etc., não espere se comunicar em inglês. Prepare-se para fazer mímica, apontar coisas no papel, ou prepare um básico de russo, que vem muito a calhar.
Eles aqui oficialmente eliminaram o alfabeto cirílico (usado na língua russa) já desde os anos 90, só que não completamente. Na prática, você encontra ambos, o alfabeto latino e o cirílico sendo usados. Para passagens de trem, em especial, você verá que as informações das passagens veem escritas em cirílico. Já cardápios de restaurantes e tal vêm no alfabeto latino.

Os uzbeques são sociáveis e gostam de se comunicar; não terão problemas em misturar russo, inglês e mímica com você. As pessoas são simpáticas e prestativas, embora haja uma segregação de gênero a se ter em conta. O ambiente social no Uzbequistão se assemelha muito mais ao Oriente Médio & à Índia que à Rússia. Ao contrário da maioria dos demais países da ex-União Soviética, aqui os ditames comportamentais seguem muito mais o Islã e o costume de homens para lá, mulheres para cá. Há interação, mas com uma distância social notavelmente maior.
(Se você for homem, as mulheres lidam com você quase como se você tivesse alguma doença contagiosa, que se ela chegar perto ou der muita ousadia, pega. Em comparar com o Quirguistão onde até troquei número de telefone… Para vermos que os “stão” estão longe de serem todos a mesma coisa.)

Venha depressa. O Uzbequistão tem se projetado de forma muito rápida como destino turístico internacional. Facilidades com o visto, trens de alta velocidade, etc. Bastou o velho presidente Islam Karimov morrer e alguém com a cabeça mais nova assumir. Os visitantes hoje incluem, ao menos no verão, sobretudo europeus e alguns orientais. Espanhóis, italianos, franceses e alemães, além de alguns japoneses e chineses. No mais é ainda pouco; alguns poucos brasileiros começando a aparecer; mas isso vai mudar rápido.
O Uzbequistão está se tornando o destino turístico por excelência da Ásia Central, e os planos do governo abertamente são de multiplicar o número de visitantes às cidades da Rota da Seda. Como é tudo mesmo lindo, creio que dentro de uns 5 anos os uzbeques já terão dificuldade em lidar com a imensa quantidade de turistas que virá aqui. Venham logo antes que isso aqui se encha de gente. Quem avisa, amigo é.
(Para saber ainda mais, escute o podcast que gravei com os colegas do Bicho da Estrada, que me entrevistaram sobre a minha experiência no Uzbequistão. Neste link.)
Se você ficou com alguma dúvida, quer algum toque, ou tem alguma pergunta que eu não respondi, é só pôr abaixo nos comentários.
Tem razão, jovem viajante. Belíssimo esse país e surpreendente , para nós aqui do Brasil, que nada sabemos dessa magnifica e instigante parte do mundo, sobretudo da sua historia, cultura e beleza. Maravilhada de ver esse país. Lindo.
Gostei do jeito das pessoas mostrado nessas postagens, apesar do tradicionalismo
Amo esses mercados e seus belíssimos produtos. Lamentável os preços altos. Aproveito para me solidarizar com o senhor e lamentar também o cerceamento do acesso a lugares públicos.
Magnifica arquitetura, belíssimos e elegantes arcos e portais. Um primor. As cúpulas com seus maravilhosos tons turquesa são mesmo belíssimas
Lamentável o estado do mar de Aral. Aqui no Brasil, até aonde eu sei, ele é estudado como ainda vivo. Que horror.. Insensato ser humano.
Fiquei encantada com o Uzbequistão. Valeu.
Parabéns pelo artigo! Extremamente detalhista.
Tenho verdadeiro fascínio pela Asia Central.
Só falta convencer minha mulher de conhecer essa que deve ser uma belíssima região.
Abraços
Obrigado, Gustavo! A Ásia Central é realmente fascinante — espero que você consiga convencer também a sua mulher disso!
Se ela ou vocês quiserem, há agora também um podcast em que eu falo sobre o Uzbequistão, em entrevista ao pessoal do Bicho da Estrada. No link abaixo, caso você ou ela fiquem curiosos e as fotos da Rota da Seda não bastem para convencê-la 🙂
https://anchor.fm/bichodaestrada/episodes/Bicho-da-Estrada—4-Uzbequisto-com-Mairon-Giovani-e99ggc
Um abraço!
olá MARIO! gostaria de saber quanto tempo de trem leva de Tashkent para khiva?
Oi Renan! Se você for no trem direto, leva cerca de 14h de viagem. Sai de Tashkent às 20:30 e chega a Khiva às 10:52. Mas você viajará mais rápido se for no trem de alta velocidade de Tashkent a Bukhara (4h de viagem apenas!), e de lá tomar um outro trem de 5h de viagem a Khiva.
Neste post (https://maironpelomundo.com/2019/10/07/trens-no-uzbequistao-como-sao-como-comprar-passagens-online-e-a-experiencia/) eu dei todos os detalhes sobre viajar de trem no Uzbequistão, mas se tiver outras perguntas estamos aí!
Oii, cheguei por acaso no seu site quando estava procurando informações sobre os “stão” rsrs.
Tô em busca de novos destinos e pretendo viajar pra lá assim que a pandemia deixar. Excelente o seu relato.
Objetivo, realista, sincero e prático.. muito obrigada por compartilhar suas experiências.
Obrigado por esses elogios tão gentis, Isa! Seja bem-vinda, e que muito em breve você consiga viajar :-). Qualquer coisa, estamos aí.
O Uzbequistão e a Ásia Central de maneira geral valem muito a pena!
Ola td bem? Você achou o Irã parecido com Uzbesquistão? Madrassas, mesquitas etc… Ñ fica repetitivo?
Oi Adriana, td bom? Sim, há semelhanças entre o Uzbequistão e o Irã. O visual é bem semelhante — a arquitetura é praticamente no mesmo estilo, embora o Uzbequistão tenha mais coisas puxadas para o azul. É um pouco como visitar Alemanha e Áustria: embora não sejam idênticas, você vai ver claramente que pertencem ao mesmo caldo cultural.
Se fica repetitivo demais, aí depende da duração da sua viagem e de sua atração por esse estilo. Eu gosto, mas não necessariamente faria ambos na mesma viagem, até para não saturar. Cada um desses países já têm várias cidades. Há uma boa chance de você em dado momento sentir que já viu o bastante mesmo num país só.