Colmar é das cidades mais pitorescas que eu já visitei — e olhe que não foram poucas. Seu casario de madeira em cores faz parecer que você está no país das maravilhas de Alice, ou em alguma outra terra encantada.
Colmar fica a um pulo de Estrasburgo, na Alsácia, esta região (atualmente) francesa fronteiriça com a Alemanha. Já foi alternadamente posse dos franceses ou dos germânicos ao longo da História. Hoje, o resultado disso é uma mistura, esse jeito de arquitetura alemã com charme francês.

Tudo em Colmar se faz a pé. Como eu vim na época do Natal, suas ruelas históricas estavam repletas de casinhas típicas, barraquinhas de guloseimas locais.



Estamos numa interseção de culturas, onde a matriz germânica se encontra com as coisas da França. Você aqui vê muito das típicas casas alemãs de enxaimel, aquelas estruturas de madeira no meio da alvenaria.


Como cheguei a comentar no post anterior, esta mistura de culturas se dá porque a Alsácia pertenceu aos alemães ou aos franceses em diferentes momentos da História.
Em verdade, sua origem está lá atrás, quando ainda não havia distinção clara entre esses vizinhos. Afinal, os francos também eram um povo germânico, e foi Carlos Magno, rei dos francos, quem em 800 d.C. funda o Sacro-Império Romano Germânico. É também a primeira menção a Colmar de que se tem registro, a propósito.
Você dessa época ainda encontra aqui a bela Igreja de São Martinho (completada em 1365), assim como um convento histórico dos frades da Ordem dos Hospitalários de Santo Antão. Este último é hoje o Museu Unterlinden.





A Alsácia foi parte do Sacro-Império até 1673, quando o rei absolutista francês Luís XIV a invade. Ficaria com os franceses até 1871, quando a recém-unida Alemanha a retoma, para perdê-la novamente à França na Primeira Guerra Mundial. Hitler reocuparia a Alsácia, para devolvê-la aos franceses mais uma vez. Colmar foi exatamente a última cidade da França a ser liberada dos nazistas.
Apesar dessa dominância francesa recente, os muitos séculos de História como parte da Europa germânica mostram o seu peso na Alsácia. Em Colmar se ouve e se fala sobretudo francês, mas os olhos veem essencialmente alemão.




O Natal só acrescenta a Colmar, mas ela é fotogênica o ano inteiro.


Eu sentia aquele ar leve, frio e parado de dezembro; o pôr-do-sol precoce; os cheiros de pães apetitosos e vinho quente (vin chaud) com especiarias nas barracas da rua. Pessoas pra lá e pra cá, quase todos europeus. (Muitos parisienses vêm aqui a esta época, e a cidade, como Estrasburgo, fica especialmente cheia aos fins de semana.)
Colmar é um ambiente glorioso para quem curte esse aconchego natalino europeu.

Ihhhh que fofura de cidade, Parece mesmo uma cidade de brinquedo ou de conto de fadas. LIndinha, E enfeitada para o Natal mais charmosa fica. Linda essa Arquitetura. E que toma la dá cá histórico. Disputadíssima a região. Muito bonitinha. Lindas e seculares essas igrejas. Muito bonitas. E o colorido do casario a deixa encantadora. Adoro essas ruelinhas e esse aconchego tao comuns em muitas dessas pequenas cidades europeias. Linda. Obrigada, jovem viajante por mais esse passeio cultural fotográfico e de beleza inconteste. Vamos que vamos.