Myanmar é um país culturalmente maravilhoso e ainda relativamente pouco conhecido no Ocidente. Lar de 55 milhões de pessoas, ele faz o elo entre a Índia e o Sudeste Asiático, região do qual é parte.
São ricas e milenares tradições budistas, pagodes e templos orientais antigos, comidas temperadas… um sem-fim de apelos culturais no que é, em geral, um país seguro e até tranquilo de visitar.

Em fevereiro de 2021, um novo golpe militar tomou o país, e há protestos pela prisão da prêmio Nobel da paz Aung San Suu Kyi, militante pró-democracia.
É preciso esperar a pandemia terminar e ver como ficará a situação das ruas do país, mas eu duvido que ele se fechará novamente como fez até 2011. As pessoas respiraram mais liberdades por 10 anos; os negócios “bombaram” recebendo capital estrangeiro; e a indústria do turismo cresceu vertiginosamente. Abandonar tudo isso? Acho improvável.
Se a democracia não se restaurar (ainda), mais provavelmente ficará como sua vizinha Tailândia, que sofreu golpe militar em 2014, é governada desde então por uma junta, mas segue aberta ao turismo, embora tenha protestos ocasionais.

Eu tive a chance de visitar o país depois dessa década de abertura e antes de a pandemia começar, e lhes digo que fiquei maravilhado.
Abaixo, eu faço um balanço geral da minha experiência em Myanmar e, em seguida, ponho algumas dicas, considerações, alertas e sugestões de lugares a conhecer e de quanto tempo passar em cada um.
Minha experiência em Myanmar
- O que mais gostou. Do estupendo Pagode Shwedagon na cidade de Yangon. A beleza desse complexo budista é de cair o queixo.
- Visita obrigatória. A zona arqueológica de Bagan, ex-capital dos birmaneses e cidade histórica com seus templos e balões. Não há como vir a Myanmar e não vê-la.
- O que não gostou. Da poluição do ar. Vê-se no céu, e em Bagan se queima lixo todos os dias e você sente o cheiro.
- Queria ter visto mas não viu. Inle Lake, uma cidadezinha turística à margem de um lago, provavelmente o quarto destino mais popular no país. Fica para quando eu retornar.
- Comida(s) a experimentar. Mohinga, a sopa nacional de caldo de peixe com macarrão; e lahpet, o prato de folhas de chá verde fermentadas. (Mais abaixo, na seção sobre comidas, ou com mais detalhes e fotos no meu post anterior sobre a culinária birmanesa.)
- Momento mais memorável da visita. O dia em que fiquei andando de moto em Bagan de um templo a outro. (Não é preciso carteira nem experiência anterior, haha. Conto melhor abaixo.)
- Alguma decepção. Talvez a esculhambação das rodoviárias, comparáveis ao que eu vi na Índia dez anos atrás.
- Maior surpresa. As peculiaridades do país (como o costume das mulheres de usar thanaka, uma pasta amarela no rosto), e que Yangon seja uma cidade mais interessante do que a internet havia me feito crer. Ah, e a boa qualidade dos ônibus!
Dicas para viajar em Myanmar
O visto de turista
Brasileiros e portugueses precisam de visto para visitar Myanmar como turistas, mas desde 2014 há um sistema bastante simples e prático de visto eletrônico (e-visa).
Você deve utilizar o site oficial (e somente o site oficial) para solicitar o visto.
É tudo muito simples, como dizia meu professor de anatomia. Só se certifique de ter no computador (ou celular) uma foto sua tipo 3×4, colorida, recente, com expressão neutra e fundo claro, além das informações do seu passaporte.

O visto custa USD 50, e eles lhe enviam por e-mail a carta de confirmação em até 3 dias úteis. A versão turista expresso fica pronta em 24h (para aquela urgência, se você estiver no meio de uma viagem na Ásia), e custa USD 56. O meu chegou dentro de umas 5-6 horas.
Daí você imprime a carta de confirmação que chega por e-mail e leva consigo para apresentar à imigração. Provavelmente, a cia aérea também pedirá para vê-la antes de deixar você embarcar.
O visto é válido por 90 dias.
(O pessoal com passaporte italiano pode usá-lo para ir a Myanmar sem solicitar o visto, mas aí é preciso obtê-lo na chegada, no aeroporto, e pagar a mesma tarifa. É o visa on arrival.)
Sobre o certificado internacional de vacinação contra a febre amarela, não me pediram, e as informações online acerca da exigência são desencontradas. Se estiver viajando com passaporte brasileiro ou vindo do Brasil, melhor ter consigo o certificado para evitar surpresa caso peçam.
Clima: Quando é melhor viajar a Myanmar?
Myanmar tem um clima semelhante ao da Índia, com fortes chuvas sazonais de monção. Melhor evitar esse período.
Essas chuvas se dão de maio a outubro, tempo ruim para vir ao país a menos que você goste muito de água.
Novembro a fevereiro é a época boa de viajar. Tenha em conta que no Natal pouco acontece (exceto por breves celebrações da minoria cristã), e veja quando naquele ano ocorre o Ano Novo Chinês (sempre fim de janeiro ou início de fevereiro), que muitos aqui celebram. Pode haver mais folia na Chinatown de Yangon, mas alguns lugares podem estar fechados.
Março e abril são meses quentes que precedem as chuvas. São considerados meses tórridos de verão aqui como na Índia, independentemente do que a astronomia disser. Quanto mais para perto de maio, mais quente. Venha preparado para suar se vier nesta época.

Câmbio & Dinheiro
Traga dólares americanos (USD), se puder. É melhor do que euros. (Naturalmente, não vá trocar duas vezes; se já tiver euros, venha com eles mesmo.)
Ambos você troca com boas cotações pelos quiates ou kyats (MMK), a moeda de Myanmar. (Aproximadamente, USD 1 = MMK 1.400, e EUR 1 = MMK 1.700. A cotação flutua menos do que você talvez imagine, mas é sempre bom verificar antes da viagem.)
As acomodações quase sempre têm preços fixados em dólar, daí ser uma vantagem vir já com essa moeda.
De qualquer forma, nas ruas espere pagar tudo em kyats. Moeda estrangeira só é usada por turistas, e aceita apenas excepcionalmente (ex. negociando um souvenir). O corriqueiro é usar a moeda de Myanmar.
Prepare os bolsos, pois haja notas!

Você faz câmbio com cotações relativamente boas no Aeroporto Internacional de Yangon. Foi o que eu fiz, e não me arrependi.
Em Yangon, sendo a maior cidade, você no centro consegue até um número razoável de estabelecimentos onde fazer câmbio. Nas demais cidades, porém, a coisa fica mais rara. Bagan, como eu detalhei no meu post lá, é uma cidade histórica espalhada — é mesmo mais um sítio arqueológico que uma típica cidade compacta. Mandalay tampouco é uma delícia de sair caminhando a pé. O melhor é não precisar ficar trocando o tempo todo. Obtenha em Yangon logo o que acha que vai precisar e viaje tranquilo.
Custos em geral & acomodação em Myanmar
Myanmar é um país bastante barato onde viajar. Você, é claro, tem opções luxo e para todo orçamento. Mas se sua meta é economizar, Myanmar lhe permite fazer isso sem sofrer.
Uma refeição típica na rua sai por USD 1-2. Uma sopa mohinga nas ruas de Yangon, ou qualquer macarrão frito ou arroz temperado com ovo. É o que as pessoas aqui comem no dia-dia, e se trata às vezes de comida melhor (do dia) do que o que você às vezes encontra em lugares mais refinados, com cozinhas que você não está vendo.
Refeições em restaurantes mais finos, ainda assim, devem sair menos de USD 8-10, a depender de o quanto você quiser esbanjar (ou se fartar). Vale a pena para conhecer mais requintes da culinária birmanesa.

Acomodações também são bastante baratas. Cama em dormitório de albergue sai em geral por USD 10/noite — um pouquinho mais se você optar por quartos com menos gente.
Quem prefere quarto privativo, a opção para casal (ou quaisquer duas pessoas) sai na faixa de USD 20-50/noite em nível 3 estrelas. A qualidade, naturalmente, varia. Acima de USD 50/noite, já estamos falando em lugares mais finos. Por USD 100/noite, você já consegue hoteis 4 estrelas bem pomposos.
Ou seja, é fácil calibrar conforme o seu orçamento. Myanmar lhe dá essas opções. Transporte é uma pechincha, como mostrarei abaixo; e, se você gastar relativamente pouco, com USD 200-300 passa uma semana bem à vontade em Myanmar.
O que mais consome dinheiro são as atrações: 25 mil kyats (quase USD 20) para a área arqueológica de Bagan, 10 mil kyats (USD 8) para as atrações de Mandalay, e outros 10 mil kyats para entrar no Pagode Shwedagon. São as únicas coisas com preço ocidental em Myanmar.

Transporte
Viajar para Myanmar é relativamente simples. Não faltam voos vindos do Ocidente ou com conexão com Singapura ou Bangkok. (Esses dois são os melhores hubs para vir até cá.)
Tenha em mente que Bangkok possui dois aeroportos internacionais, Suvarnabhumi (BKK) e Don Mueang (DMK), e os dois têm voos distintos para Myanmar. Certifique-se de verificar ambos.
Bagan não tem aeroporto próprio, mas Mandalay, sim. Mandalay e Yangon são as duas maiores cidades e principais ponto de entrada. Como 10h de ônibus as separam, você pode muito bem entrar por uma e sair pela outra (foi o que eu fiz).
Companhias aéreas de baixo custo como a AirAsia (e tantas outras) já não dão preços menores se seu voo for ida e volta, então você pode comprar duas idas separadamente sem pagar mais por isso.
Se a sua vinda aqui não for parte de uma viagem maior pelo Sudeste Asiático, pode ainda assim incluir uma ou duas noites em Bangkok ou Singapura, aonde você voar sem visto — e para onde os voos vindos do Ocidente são bem mais baratos. Daí é só comprar dois voozinhos simples numa dessas baixo-custo cá para Myanmar (ex. Bangkok-Yangon, e depois Mandalay-Bangkok).

Já para viajar dentro de Myanmar, ônibus é a sua melhor opção. Há voos domésticos, mas eles são desnecessariamente caros. Trens existem, mas são ferrovias dos tempos da colonização britânica (1878-1948). Há planos bem concretos de modernizá-las com ajuda internacional japonesa, mas isso está suspenso com o golpe de 2021, e de qualquer forma ainda leva uns anos até ter efeitos.
Os ônibus de Myanmar seguem sendo, portanto, a melhor opção. E nada tema, pois eles são surpreendentemente confortáveis e pontuais. Detalhei a minha experiência neles neste outro post.
A JJ Express é tida como a melhor empresa de ônibus no país. Mas há outras já relativamente comparáveis, sobretudo se você não estiver viajando no JJ First Class, que é realmente superior. Por USD 20 você faz uma viagem noturna confortável de 10h entre Yangon e Bagan ou Mandalay. USD 7 por uma viagem de 5h entre essas duas últimas. É mais barato e mais confortável que viajar de ônibus no Brasil.


De qualquer modo, tenha em mente que 90% dos ônibus aqui — inclusive o JJ First Class — não têm banheiro a bordo. Cuidado com o quanto bebe de água. Acaba havendo também umas paradas algo inconvenientes no meio da noite para o pessoal usar o banheiro em algum restaurante.
(É uma coisa cultural. Lembro-me que na Turquia é a mesma coisa, e quando comentei isso com uma amiga turca, ela defendeu seu sistema, dizendo que cheiro de banheiro dentro do ônibus era a pior coisa que havia. São preferências.)

Isso aí foi uma galera que eu flagrei em Bagan.
Você não precisa chegar a esse nível de aglomeração, mas dentro das cidades provavelmente precisará de táxi, tuk-tuk, ou moto-táxi.
Todos são viáveis e descomplicados. São também baratos, mas se lembre da regra de ouro de acertar o preço antes da corrida. Negocie e, se achar caro, barganhe.
Você pode também usar o aplicativo Grab, que é como o Uber aqui no Sudeste Asiático. Há, inclusive, as opções GrabBike (moto-táxi) e GrabTukTuk, acredite.

Aonde ir, o que ver em Myanmar, e quantos dias em cada lugar
O roteiro mais típico em Myanmar leva cerca de uma semana. Consiste em chegar por Yangon (a mesma Rangoon ou Rangum) passar uns dias, e depois seguir ao norte rumo ao interior do país para visitar Bagan e Mandalay. Alguns esticam também ao Inle Lake. Daí você pode ir embora pelo aeroporto de Mandalay ou retornar a Yangon. Leva 7-10 dias.
Yangon (2-3 noites) me foi uma surpresa positiva. Eu havia lido muitos comentários de estrangeiros na internet dizendo que ela era só uma cidade grande, sem graça, que era chegar e ir embora, mas eu discordo. Pode não ser exatamente um paraíso, mas ela tem bastante coisa legal, sobretudo se você gostar de mercados e coisas típicas. Acho simplesmente que muitos estrangeiros têm baixa tolerância ao zum-zum-zum das cidades grandes de Terceiro Mundo.

Yangon tem casario colonial típico do tempo britânico e bonito de ver, tem vários pagodes budistas a visitar — incluso aí o incrível Pagode Shwedagon, onde você pode passar uma tarde —, tem mercados e até shoppings de primeira linha se você se cansar do restante (ou quiser um refresco no ar condicionado).
É uma metrópole de 7 milhões de habitantes, imensa, mas boa de andar no seu centro, onde tudo se faz a pé. Hospede-se lá, de preferência nas imediações de ChinaTown. Pode soar estranho, mas é o lugar favorito dos turistas. Foi onde fiquei e gostei muito.

Bagan (2-3 noites) é onde se concentra a parte mais histórica de Myanmar, dos tempos do medieval Reino da Birmânia.
Não é uma compacta cidade histórica como tantas que visitamos, mas mais uma zona arqueológica que lembra um pouco a área de Angkor Wat no Camboja — só que mais urbanizada.
Trata-se de maravilhosos templos espalhados, além de centenas de templinhos pequenos, que você visita num transporte. O mais prático e corriqueiro é alugar uma moto elétrica que alcança 40 Km/h (não é necessário carteira nem experiência anterior — se você for digno na bicicleta, resolve). Bicicleta também é uma alternativa, mas bem menos ideal no chão rústico e sob o calor daqui.
Quem quiser algo mais confortável, ou simplesmente não se dispuser a tais aventuras, pode contratar um tuk-tuk ou uma charrete que o leve lá e cá. Não faltarão ofertas.
Bagan é basicamente um lugar onde ver templos, pagodes, ruínas históricas, assim como o pôr e o nascer do sol destes lugares.
O passeio mais característico é o de balão, que custa cerca de USD 350 por pessoa. Mesmo que você não o faça, vale a pena acordar de manhã e ver os balões enfeitarem o céu sobre as ruínas — uma vista arquetípica aqui.


Mandalay (2 noites) é o terceiro lugar mais visitado no país. Há debates longevos na internet sobre ser melhor passar mais noites aqui ou mais noites em Bagan.
Mandalay é a segunda maior cidade do país (1,7 milhão de pessoas), e uma cidade grande, moderna, mas fuzuenta, com alguns templos e edificações impressionantes a ver.
Se você se cansa fácil de ver templos antigos e prefere um ambiente mais urbano com opções de restaurantes etc., pode preferir Mandalay.
Eu gostei da cidade, mas achei as 2 noites que passei aqui suficientes. Num só dia você visitar suas principais atrações, como o Pagode Mahamuni, a edificação em madeira do Mosteiro Shwenandaw (a mais popular atração em Mandalay), e o templo com “o maior livro do mundo”.

Esses não são nem de longe a totalidade do que há em Myanmar, um país longevo, de muita história, e mais extenso que Minas Gerais. São, no entanto, os principais destinos. Os demais lugares são menores, ou mais remotos.
Muita gente (sobretudo mochileiros) vão ao Lago Inle, com uma cidadezinha à margem, assim como a sítios históricos menores como Bago (antiga Pegu) próximo a Yangon no sul do país, Mrauk U para ver ruínas históricas, ou à Praia de Ngapali no litoral — mas estes são lugares que eu ainda não conheci. Se você tem observações a fazer sobre eles, sejam bem-vindos abaixo nos comentários.
Comes & bebes
Os comes e bebes em Myanmar não diferem muito da realidade dos países vizinhos — muita comida de rua, feita na hora, que as pessoas saboreiam dia e noite nos banquinhos plásticos pela calçada; temperos verdes e especiarias, além de pimenta; arroz ou macarrão como a base de tudo; e dominantemente o chá preto em vez de café, embora café exista.
Eu recomendo que você veja meu post sobre a culinária birmanesa para maiores detalhes e outras fotos. (Há uns exotismos para nós como, por exemplo, comer folhas de chá.)

Wi-fi, conectividade, e contato com as pessoas
Você talvez leia pela internet que wi-fi em Myanmar é muito fraco ou instável. Trago-lhes a boa notícia de que tais observações são, em grande medida, obsoletas. Wi-fi em Myanmar hoje em dia já é muito boa.
Há também sinal de celular por todas essas partes mais urbanizadas onde os turistas geralmente vão. (Há áreas montanhosas e remotas do país ainda com dificuldade de sinal de celular, mas é improvável que você vá parar lá como turista.)
Praticamente todo mundo aqui quebra algo de inglês, e alguns o falam muito bem. É um tanto como na Índia. Myanmar foi colônia britânica, então pelo menos pra isso serviu. Só fique de orelha atenta, pois eles têm um sotaque bastante peculiar.
Compras

Para quem (também) gosta de levar para casa uns souvenirs ou algo típico, Myanmar é um prato cheio. Há lindas pinturas, objetos laqueados bem asiáticos de decoração, balangandãs mil, e também muita coisa em madeira (sobretudo em teca ou teak, típica aqui da Ásia).
Como bem observaram alguns leitores, todos os grandes templos ou pagodes em Myanmar são cercados de vendinhas e barracas onde se acha de tudo. Porém, o lugar com maiores opções é o Mercado Bogyoke Aung San (Bogyoke Aung San Market), no centro da cidade e fechado apenas às segundas.
Como em outros lugares do oriente, barganhar é fundamental. Negocie com sua alma; demore-se; avalie; compare; faça que vai embora, etc. Não há muito como correr disso aqui. Você verá muita coisa igual, mas por vezes também algo único. Nestes caso, não deixe a oportunidade lhe escapar.
Atenção também às imitações e a vendedor do que gosta de passar gato por lebre. Você verá muitas coisas de jade — e tantas outras fingindo ser jade. Nem tudo que é verde aos olhos é realmente pedra. O que mais tem é imitação em plástico ou vidro vagabundo à là bola de gude se passando por jade. Lembre que a China com suas fábricas de imitações baratas está logo aqui ao lado.
A técnica básica para reconhecer pedra verdadeira é senti-la na mão. Ao contrário das imitações, a pedra é algo fria ao toque mesmo num clima quente. Se você não se sentir seguro, experimente tocar os produtos de jade nas lojas de aeroporto, onde o produto tende a ser autêntico. Você verá a diferença quando encontrar as imitações sendo vendidas a 10% do preço Myanmar afora. Nenhum colar de jade autêntica vai lhe ser vendido por um dólar.

Se você ficou com alguma dúvida, quer algum toque, ou tem alguma pergunta que eu não respondi, é só pôr abaixo nos comentários.
Amei. Apaixonante o país, como todo o SE, dessa semi-desconhecida, misteriosa, intrigante, magnifica, soberba, milenar Ásia.
Declaro a essa parte da Terra meu amor incondicional, meus respeitos, minha admiração pelo seu povo humilde e extremamente simpático e corajoso, resiliente diante de tantas agressões; pela sua cultura, história e arte milenares, e por tudo o que a Ásia simboliza em termos de religiosidade, de filosofia, e agora, de comilanças.
Obrigada, jovem viajante por nos mostrar de forma tão atraente, leve e agradável, mais belezas dessa instigante Ásia.
Até a próxima. E que venham mais belezas.
Obrigado!