(Este será um post longo.)
Aqui jaz, em Cebu, nas Filipinas, o grande navegador português Fernão de Magalhães (1480-1521), quase a primeira pessoa a circumnavegar o globo terrestre.
Sim, quase. Eu não sei por que é que se ensina que o fez — talvez seja a nossa pressa interpretativa ao ler que ele “liderou a primeira circumnavegação do globo”, somado a uma vontade lusófona de reclamar o feito — sendo que ele morreu na tentativa após uns 90% do percurso. Havia as Filipinas no meio do caminho.
Estamos em Cebu [lê-se Ce-bú], área onde ocorreu a fatídica morte de Magalhães e, hoje, a quinta maior cidade das Filipinas (com 1 milhão de pessoas). É uma das ilhas mais históricas do país, por ter sido onde ocorreram dos primeiros contatos estendidos entre os latinos da tripulação de Magalhães e os nativos filipinos. Aqui, o primeiro chefe filipino foi batizado, o que dá enorme orgulho a esta gente mui católica.
Cebu foi também a primeira capital colonial das Filipinas, de quando os espanhóis estabeleceram aqui as suas Índias Orientais. Falaremos mais disso, e mostrarei da cidade hoje — com seu legado histórico e as coisas do dia-dia.
Foi onde eu primeiro desembarquei nas Filipinas, início do meu périplo por este magnífico arquipélago.


Fernão de Magalhães e sua expedição às Ilhas das Especiarias
Eu cheguei a comentar brevemente sobre a descoberta das Filipinas pelos ibéricos no post anterior. Falo em “descoberta” no sentido subjetivo, de os europeus terem tomado conhecimento deste lugar pela primeira vez. Estas ilhas estavam bem integradas nas redes de comércio asiáticas, e os muçulmanos já haviam passado por aqui antes.
Após Vasco da Gama contornar a África para chegar à Índia em 1498, os portugueses se lançavam cada vez mais a leste em busca das caras especiarias, cujo peso à época poderia valer mais que o equivalente em ouro. A ideia era chegar às origens delas, para negociá-las mais barato e sem intermediários.
“Os portugueses da época não aguentavam ver nem uma oportunidade de negócio, nem uma aventura, nem uma mulher morena.”
Os portugueses persistiram cada vez mais a oriente. Em 1511, conquistaram Malaca, no estratégico estreito onde fica Singapura — por onde passam, até hoje, os navios que vão da Índia à China e ao Japão.
Nossos ancestrais ouviam falar de umas afamadas “Ilhas das Especiarias”, as Ilhas Molucas, de onde supostamente provinham muitas delas, em especial o cravo-da-índia, que não é realmente da Índia (tal como a “batata inglesa” não é inglesa, é dos Andes, mas ganhou esse nome por ser comercializada pelos ingleses.) Os indianos apenas vendiam o cravo aos ocidentais, mas sua origem está mais a leste, nessas ilhas da atual Indonésia.
Os portugueses quiseram ir à origem. Os portugueses da época não aguentavam ver nem uma oportunidade de negócio, nem uma aventura, nem uma mulher morena. (Diz-se que, nessas ilhas, uma trupe inteira de portugueses foi executada por não ter respeitado as ordens do chefe local de se manterem longe das mulheres da ilha.)

O jovem Fernão de Magalhães estava presente nessa conquista. Não sabia ainda ele que, uma década depois, entraria para a História. Ele aqui faria um escravo malaio apelidado Henrique de Malaca, e que — por um fado do destino — pode ter sido o primeiro humano a circumnavegar o globo. Acompanhem.
Magalhães teve naquela ocasião consigo um amigo (talvez também primo), Francisco Serrão, o primeiro português a navegar para além de Malaca e efetivamente achar as Ilhas Molucas, ou Ilhas das Especiarias, de onde o cravo é nativo. Lá, casou-se com uma mulher local e não voltaria mais à Europa. (Começo a entender por que é que Fernando Pessoa mais tarde diria que “nunca um verdadeiro português foi português: foi sempre tudo.“)

Fernão voltou à Europa, e lá tentaria mais tarde convencer o rei português Dom Manuel I a patrocinar-lhe uma expedição pela via do oeste, contornando a América do Sul em vez da África.
O rei negou-lhe. Há toda uma tese alternativa de que Fernão, ali, concordou em ser agente secreto de Manuel I, mas o fato é que Fernão iria ao rei de Espanha pedir-lhe a mesma coisa — e ser consentido.
Com cinco navios e 243 homens, em sua maioria espanhóis, Fernão partiu do porto de Sevilha a 10 de agosto de 1519, uma segunda-feira. A bordo, cerca de 40 portugueses e, dentre outros, um veneziano de nome Antonio Pigafetta — um dos únicos 18 sobreviventes a completar a expedição, e seu cronista, que nos legou um belo diário da viagem.

Sobre Pigafetta e toda essa viagem, que inclusive contem relatos sobre o Brasil do século XVI, eu falo melhor numa outra oportunidade.
Por ora, vale saber que à altura de março de 1521, quase após dois anos, Magalhães e sua tripulação (a essa altura com somente três navios) chegaram pelo outro lado do globo a este arquipélago que mais tarde ganharia o nome de Filipinas.
As Ilhas Molucas ainda estão uns 1.000 Km mais ao sul, mas eles aqui se detiveram antes de seguir caminho.


Cebu em 1521
Os ibéricos com Magalhães encontraram aqui um vasto arquipélago de “gentios” (isto é, nem cristãos nem muçulmanos), em geral cada ilha com seu próprio rei a governar múltiplas vilas.
Os filipinos já faziam comércio com a China e outros povos asiáticos, e portanto possuíam porcelanas, brocados do continente asiático, e também produtos das ilhas que hoje formam a Indonésia. Mais importante, eles sabiam onde ficavam as Ilhas Molucas (as “Ilhas das Especiarias” que Magalhães buscava).
Há quadros em Cebu hoje que mostram, de forma romantizada, este primeiro encontro de ibéricos e filipinos aqui.

As crônicas de Pigafetta de fato relatam que os filipinos viviam praticamente nus, exceto por panos nas cinturas e nas cabeças, além de adornos dourados e argolas que expandiam os lóbulos das orelhas — por onde, talvez nos exageros da época, Pigafetta certa vez diz que às vezes dava até para passar um braço.
O artista filipino também retrata — muito importante para os cebuanos e filipinos em geral — a imagem do Menino Jesus que Magalhães fornece à rainha de Cebu, quando a chefia local e a maioria do seu povo concorda em se batizar “para se tornarem leais amigos do Rei de Espanha”.
A primeira missa realizada em solo filipino já havia se dado a 31 de março de 1521, num Domingo de Páscoa (os filipinos fazem um bafafá danado sobre isso). Deu-se noutra ilha mais a oriente, mas foi aqui em Cebu que ocorreram os primeiros batismos.
A 14 de abril de 1521, dizem que 800 cebuanos foram batizados, inclusos aí a rainha e o rei, o qual se chamava Rajá Humabon e adotou o nome de Don Carlos. O nome foi escolhido para refletir aquele do rei de Espanha, Carlos V. A rainha adorou o nome de Joana, pela mãe do rei espanhol, a qual certamente ninguém disse a ela que era conhecida como Joana, a Louca.


A morte de Fernão de Magalhães
Os contatos dos ibéricos aqui nas Filipinas em 1521 foram em geral amistosos, pero no mucho. Havia um chefe na pequena ilha de Mactan, logo aqui em frente a Cebu, que se recusou a abraçar o cristianismo e ser amigo do tal longínquo rei de Espanha.
Como que a provar seu poder e compromisso, Fernão de Magalhães resolveu descer lá pessoalmente com uma tropa, confiados em demasia nas suas armaduras de metal que tanto impressionavam os filipinos.
Aconteceu, porém, de ser um lugar de mares rasos, do qual os navios com seus canhões não lograram aproximar-se.
Desceu Magalhães acompanhado de outros cavaleiros com as águas às coxas para irem combater, e foram recebidos por uma saraivada de flechas. Como não tinham armaduras nas pernas, os filipinos de Mactan começaram a mirar ali. Centraram tiro em Magalhães, sabendo ele ser o chefe, e ali o explorador português caiu, executado por um grande sabre segundo nos relata Pigafetta, que tudo viu.

A morte de Magalhães criou toda uma rebordosa entre a tripulação e seus anfitriões nativos convertidos.
Henrique de Malaca, que havia sido escravo pessoal de Magalhães, logo trairia o resto quando lhe negaram a liberdade prevista no testamento do português — que determinara ele fosse alforriado em caso sua morte.
O escravo, que havia sido intérprete da tripulação, tramou então com Don Carlos (o rei local convertido) para convidarem todos os líderes ibéricos a jantar e envenená-los. (Se você assistiu a Game of Thrones e viu o Red Wedding, foi quase aquilo à filipina.)
Dizem que Henrique contou ao rei local que, com Fernão morto, os ibéricos o trairiam. Pigafetta, que segundo nos conta não foi ao jantar pois estava com a cara inchada por uma flecha envenenada que recebeu na batalha de Mactan, evitou a cilada.
Os ibéricos, em menor número e agora com apenas dois navios, foram embora rumo às Molucas, aonde chegariam dentro de algumas semanas após anos no mar.
“A expedição originalmente liderada por Fernão de Magalhães seguiria sob o comando do basco Juan Elcano.”
Não se soube mais do escravo Henrique de Malaca, que sobreviveu. Há quem sugira que ele pode ter retornado à sua Malaca natal, e que se o fez antes do retorno dos ibéricos à Espanha, teria sido ele o primeiro homem a portanto circumnavegar o globo — mas não há qualquer evidência de que ele o tenha feito, e Malaca fica a mais de 2.000 Km daqui.
A expedição originalmente liderada por Fernão de Magalhães seguiria sob o comando do basco Juan Elcano. Iriam às Molucas e, de lá, com os porões repletos de cravo, retornaram à Espanha, aonde chegariam apenas 18 homens famintos em setembro de 1522 — dentre eles, Pigafetta. Os primeiros a navegar em redor de toda a Terra.
Da expedição e suas outras peripécias eu contarei melhor depois. Cebu seria novamente visitada por expedições espanholas, inclusa a de Miguel López de Legazpi que aqui chegaria em 1565 a estabelecer Cebu como capital destas índias orientais da coroa espanhola. Teria início a colonização. Mas já é hora de adiantar a fita em meio milênio.


500 anos depois…
As coisas mudaram um tanto de lá para cá. Quase 500 anos após Fernão de Magalhães, cheguei eu a Cebu pela via aérea. Não precisei passar fome no navio, nem comer couro amolecido na água do mar para sobreviver.
Estamos ao quincentenário da chegada de Magalhães em 2021, mas como eu vim antes da pandemia, este ainda não tinha se dado. Provavelmente, se dará de uma forma ou outra a esta altura em que vos escrevo, como as condições sanitárias permitirem.



As Filipinas se revelariam um país super fácil onde viajar. Sério. Não há qualquer barreira linguística se você falar inglês (eles todos falam muito bem), e as pessoas são comunicativas, se expressam, explicam o que você perguntar. Conversam com você, ao contrário de muitos tailandeses e outros. Dão “Hello, sir!” bem mais sinceros que os dos malacos indianos. (Não sei se o nome “malaco” vem de Henrique de Malaca e sua treta.)
Eu orava, embora não exatamente ao Santo Niño, que minha mochila chegasse em paz, já que vinha desde o estrangeiro até o destino final cá em Cebu. Não houve problemas, e até o taxista foi honesto — eu que estava preparado já para um embate comparável ao de Magalhães. O Mactan-Cebu International Airport acontece de ficar na mesma ilha onde ele morreu (glup). Hoje, uma breve ponte as conecta.
Você desembarca, e pode escolher entre chamar um Uber ou um Grab (dois aplicativos com a mesma função). Ou tomar um táxi amarelo (exclusivos do aeroporto e mais caros) ou branco (comuns). “São muitas opções”, como disse Roberto Carlos quando esteve aqui.
Você caminha à direita quando deixa o saguão do aeroporto, e encontrará o ponto de táxis ali. Eu tomei um branco, que me custou 200 pesos (uns meros 4 dólares) até meu hotel à noite.
Só para deixar claro: eu não recomendo se hospedar no centro histórico de Cebu, que é um pouco zoneado (como centro de cidade brasileira). Recomendo hospedar-se nas proximidades do Boulevard Osmeña, entre a área histórica e a praça redonda com esse mesmo nome, pois é bem melhor de andar, com boas opções de refeição, e de onde se vai a pé à área histórica com facilidade.
Eu havia lido horrores na internet sobre Cebu. Que não valia a pena, que era só chegar e ir embora para as praias etc., mas contradigo todas essas observações. Não só descobri aqui seu passado histórico importante para as Filipinas, como sinceramente achei a cidade legal — e longe de ser esse inferno todo que alguns gringos pintam.



Ainda que com um toque de influência anglófona e, sim, muitos elementos característicos do Sudeste Asiático, eu achei Cebu notavelmente semelhante ao Brasil.
Aquele esquema de um centro que vai ficando mais muvucado conforme você se aproxima do miolo, com prédios mal-acabados e ambulantes que me lembraram de Feira de Santana.






Bem-vindos à América Latina — quase!
Pela manhã eu tomei café numa lanchonete climatizada antes de vir às ruas quentes desse centro que vos mostrei, em direção ao seu coração histórico onde se encontra a Cruz de Magalhães.
No reino da gastronomia, nota-se que estamos na Ásia e não en latinoamérica. Há enorme presença de arroz e também de porco — mais do que peixe, como que a afastar daqui os muçulmanos — a ponto de muitos filipinos comumente comerem arroz com carne de porco como café da manhã.
Mas há pratos mais internacionais, pela forte influência da (posterior) colonização norte-americana aqui.


Saí por estas ruas, de estômago forrado, sem que me importunassem muito. Não sei pelo que me tomavam, mas as pessoas aqui não ficam chamando você na rua como fazem na Índia e tantas outras partes aqui do Oriente.
Ao que a manhã esquentava e eu passava por aquelas ruas modernas típicas do Terceiro Mundo, cheguei finalmente ao miolo histórico de Cebu com a Basílica Menor do Santo Niño de Cebu e o Forte de São Pedro, ambos do tempo colonial espanhol.
É uma área que você pode visitar numa tarde ou num dia tranquilo. Um dia inteiro, portanto, pode ser o suficiente para a cidade de Cebu.

Forte de São Pedro (1738)
O Forte de São Pedro original data da chegada de Miguel López de Legazpi aqui em 1565, mas esse era de madeira e se acabou nos esforços espanhóis de rechaçar ofensivas muçulmanas vindas do sul. A 1738, erigiram este em pedra, dos bastiões mais antigos que há no país.
A visita é bastante tranquila, e não há muito a fazer além de passear pelos seus jardins e subir nas muralhas. No interior, encontram-se os quadros de época que mostrei anteriormente.

No interior do forte, um cego de boné tocava no violão a melodia daquela música “o seu nome eu escreviiiii na areia“, que fez Luan e Vanessa famosos em 1990.
Aquilo me chamou a atenção, já que eu não sabia que se tratava da versão de uma música estrangeira. Deveria ter suspeitado.
(A quem tiver curiosidade, a original se chama Sealed with a kiss, de 1960 pelo grupo Four Voices. O australiano Jason Donovan estourou em 1989 uma versão mais embalada e, plim!, no ano seguinte Luan e Vanessa fizeram sucesso com sua versão brasileira, que é praticamente cópia traduzida da de Donovan — mas que tem mais visualizações no YouTube que todas as demais juntas.)
Eles aqui nas Filipinas adoram cantar e tocar, eu descobriria. Dei um trocado ao ceguinho pela nostalgia.




À Basílica do Santo Niño de Cebu
O coração de Cebu é mesmo sua Basílica do Santo Niño. É quase como um Santuário de Guadalupe nas Filipinas, ainda que em proporções algo menores.
A igreja do Santo Niño, enquanto instituição, foi aqui fundada pelo frade agostiniano Andrés de Urdaneta, que chegou com Miguel López de Legazpi em 1565.
Vós lembrais que eu contei acima como a imagem foi doada por Fernão de Magalhães aos chefes de Cebu em 1521. Bem, Legapzi e seus espanhóis puseram fogo na vila aqui quando vieram, aquela do jantar envenenado, e aconteceram de encontrar a imagem do Menino Jesus guardada numa caixa. Desde então, tem sido símbolo do catolicismo filipino.
A imagem original se encontra numa igreja de pedra aqui construída em 1739, após os templos de madeira anteriores pegarem fogo. Seu estilo é curiosamente apelidado de “barroco de terremoto”, pois tem torres mais baixas e reforçadas para suportar os tremores de terra que não são incomuns neste chamado Anel de Fogo do Pacífico.

Quando adentrei, havia uma celebração em curso, e me senti praticamente na América Latina.
Portas bem talhadas de madeira faziam a entrada por entre as paredes de pedra. No altar, ouro e enfeites barrocos como nas igrejas latino-americanas.



Uma quantidade grande de pessoas circulava por dentro e nos vários pátios que circundam este santuário. Estava cheio, o que junto com o calor dava aquela deliciosa sensação de entorno “humano, demasiado humano”, como diria Nietszche. (Ele se veria louco aqui.)
Várias moças protegiam-se do sol do meio-dia com sombrinhas, algumas delas uniformizadas e a vender velas. No exterior, os fiéis acendiam essas velas e oravam com a concentração que podiam enquanto um sistema de som fazia reverberar por toda parte o que o padre ia falando.
Se ele falava em Tagalog, Cebuano ou outro idioma filipino, eu não sei — só sei que nada entendia exceto “Santo Niño”, que soltavam de quando em vez.
Como não cabíamos todos no interior, muita gente ficava de pé no pátio externo a acompanhar por um telão, onde também se deu a comunhão em várias filas sob o sol.






A Cruz de Magalhães
No entorno da basílica, também há o que se diz ser a cruz original aqui plantada por Fernão de Magalhães com a anuência dos nativos de Cebu em 1521.
A coisa é retratada de forma muito participativa, como se os filipinos do século XVI abraçassem ativamente o cristianismo sem pestanejar. A mim, pareceu mais uma aceitação por conveniência (quando não coagida), mas isso vai contra a narrativa oficial aqui.




Tal como na América Latina, levaria séculos para a prática católica realmente se sobrepor às fés outras ou anteriores — a coisa não foi do dia para a noite. Uma diferença, porém, é que enquanto na América Latina há bem mais sincretismo, seja com religiões de matriz africana ou indígena, aqui eu não sei se resta muito das religiões animistas de antes.
Os filipinos frequentemente são católicos bem à risca. Uma amiga filipina da minha idade, por exemplo, se queixava comentava que a mãe punha ela e seus irmãos para rezar o terço todas as noites, etc.



Neste mesmo dia, eu partiria de Cebu ao final da tarde. Percorri de volta o caminho até o hotel, passando e passeando por aquele centro quente, e dali me rumaria ao porto.
Era hora de singrar os mares e ver um pouco mais destas ilhas e praias das Filipinas. Como já é de hábito da cidade, Cebu foi só o começo.
Muito interessante essa cidade. Das Filipinas, do lado de cá só se falava em Manila, a capital, e que ficava o país no cinturão de fogo do Pacífico.
Gostei da foto da cidade de Manila. Parece grande e moderna.
Quanto a Cebu , o centro se parece com cidades do NE com sua desordem de camelôs e prédios mal conservados e velhos . Mas Cebu, pelo que vi ai na postagem, tem partes bem bonitas, com semelhanças com a região costeira de cidades do NE brasileiro como Salvador com suas palmeiras, suas áreas verdes e seus fortes. Salvador tem um forte de São Pedro, também.
Surpresa por ver uma cópia do Bambino de Praga ai, e mais antigo que aquela imagem de Praga. Interessante.
Gostei da parte histórica. Muito rica. E que vingança do escravo. Curiosa a história.
Quanto a Fernão de Magalhães, é figura muito conhecida nos livros de História. Nesses livros consta que não terminou a viagem por ter morrido, e que a viagem foi terminada por Elcano, mas nada se fala além disso. Afora isso se fala que o Estreito no fim da America do Sul tem o nome dele por ele o ter descoberto.
Lindo esse painel dentro da casinha onde fica a Cruz de Fernão de Magalhães.
Lindos os templos, sua arquitetura e seus interiores.
Esses pátios internos com fontes existem também nas construções portuguesas aqui no Brasil, particularmente na Bahia.
O “clima” é mesmo parecido com a America Latina, assim como o comportamento, o jeito, das pessoas.
Essa parte histórica da cidade é bem bonita, conservada e com bastante verde.
Muito simpática a região. Estou gostando muito.