Antuérpia (Antwerpen no original flamengo) é a segunda maior cidade belga, e a maior da região de Flandres — a metade norte da Bélgica que fala um holandês com sotaque distinto.
É uma cidade pouco visitada para o seu tamanho (1.2 milhão de pessoas), dessas que muitos brasileiros dirão “já ouvi falar”, mas sem necessariamente nem fazer ideia de que esse tal lugar fica na Bélgica. (Alguns tantos a reconhecerão de menções em Harry Potter, talvez sem ter certeza de que o lugar de fato existe.)
Antuérpia é uma cidade da modernidade; não tanto esta de agora quanto a modernidade primeira, aquela surgida nos idos de 1500 com os descobrimentos, os comércios, a mundialidade surgindo e as inovações.
Antuérpia era, por exemplo a “capital do açúcar” na Europa — para onde vinha o açúcar bruto brasileiro e tantas partes do Caribe, a ser refinado. Aquilo que aprendemos que os holandeses faziam, mas é que a diferenciação entre holandeses e flamengos nessa época era parca, e no século XVI ainda não existia propriamente um país chamado Holanda.
Bom, vamos dar umas voltas para conhecer. Primeiro, uma volta no passado para compreender melhor a significância de Antuérpia.

Antuérpia emerge: A capital europeia do açúcar
Açúcar sempre foi um artigo de luxo — até recentemente virar o demônio das dietas.
O açúcar de cana surge na Índia da antiguidade. Do sânscrito śarkarā (शर्करा), quer dizer “moído”, pois é o que se fazia com a cana, nativa de lá. Os árabes e outros islâmicos a adotariam em grande escala na Idade Média, trazendo a planta para ser cultivada nos territórios que então tinham no sul europeu — como a Sicília, que era árabe nos idos dos anos 800-1090, e Andaluzia na Península Ibérica.
A saber, os gregos e romanos antigos já conheciam açúcar de cana, mas como algo exótico e raro. Plínio, o velho (23/24-79 d.C.), descrevera o açúcar como um remédio — não sei exatamente para o que — vindo da Arábia, que era de ainda melhor qualidade se vindo da Índia. O médico grego Dioscórides (40-90 d.C.), seu contemporâneo, incluíra o açúcar na sua farmacopeia De Materia Medica como algo de consistência semelhante ao sal, só que doce.

Vale lembrar que os europeus na Idade Média normalmente usavam mel nas suas receitas clássicas. Sobretudo na Europa Central, já me alertaram que não acredite que nenhuma receita de bolo ou biscoito é realmente antiga (medieval) se ela incluir açúcar em vez de mel. O açúcar só se popularizaria (mesmo assim entre as classes abastadas) a partir das grandes navegações intercontinentais.
O açúcar então acabaria caindo no gosto dos europeus e ocupando também espaço importante nas suas atividades econômicas. Quem daria a marcha seria precisamente Portugal.

Em 1425, o famoso Infante Dom Henrique, o navegador, levaria a cana para ser cultivada na recém-povoada Ilha da Madeira.
De onde tirou a ideia e a cana? A rentabilidade desta e outras especiarias já era conhecida, mas Portugal em certa medida herdou o conhecimento e o costume de cultivo de cana dos árabes.
Fala-se geralmente nos cruzados trazendo-a da Terra Santa — como se intercâmbios e aprendizados só pudessem existir entre cristãos — mas os árabes já a cultivavam ali pelo Mediterrâneo na Idade Média, inclusive na própria Ibéria, como observei.
Teriam os portugueses e espanhóis absorvido tanta coisa dos mouros — sangue, nomes, cultivos, arquitetura, música — e não o açúcar? Sei. (Hei de viver para ainda ver o mundo luso reconhecer suas raízes culturais árabes, no dia em que se olhar para além do puro aspecto da religião.)
Antuérpia, enquanto isso, estava apenas começando a ganhar relevância, a sair das sombras de Gante e Bruges, que há séculos já eram os expoentes econômicos do Condado de Flandres na atual Bélgica.

Dizem que Antuérpia deve seu nome a um gigante que vivia aqui na Antiguidade, um tal de Antigoon, que cobrava pedágio a quem passasse.
Quem não pagasse tinha uma mão cortada e atirada no rio. Do holandês handwerpen (“arremesso de mão”) teria supostamente surgido Antwerpen, como as pessoas daqui chamam a cidade.
Na estátua, você vê o herói local — que teria sido um soldado romano da Antiguidade — com o peculiar nome de Silvius Brabo.
Você certamente já é grande o suficiente para saber que, na história, alguém então aparecerá para matar o gigante. Na estátua, você vê o herói local — que teria sido um soldado romano da Antiguidade — com o peculiar nome de Silvius Brabo (é isso mesmo, produção), que vem, decepa a mão do gigante e a arremessa ao rio. É o que você vê na imagem do monumento.
Daí, sugerem alguns, teria vindo também o nome desta região onde estamos: Brabant, que se tornaria um ducado medieval sobre o qual eu versei o pouco no post anterior em Leuven.

Flandres (em verde) era domínio dos borgonhos e franceses nessa época, enquanto que no lado vermelho estão áreas do vizinho Sacro-Império Romano Germânico.
Sobre o nome de Brabant e sua suposta origem no romano Silvius Brabo, eu preciso me recordar da minha amiga mexicana designer que gosta de dizer que “amarás a la creatividad sobre todas las cosas“.
O nome, porém, tem provavelmente uma origem bem mais ordinária: braec (pântano) bant (região) na língua dos francos da Idade Média. Entre dois rios, a área era molhada e aguada como o restante destes países baixos. Nos idos dos anos 900-1300 é que se foram convertendo alagados em terras aráveis nesta região da Europa.
Eu comentei em posts anteriores sobre como Gante e Bruges eram rainhas comerciais daqui durante a Idade Média, nessa interseção de poderios germânico e francês. Sabe o que aconteceu então? Assoreamento do canal que conectava Bruges ao mar, no século XV. Degradação ambiental, meus caros, levando muitos à ruína econômica já desde muito tempo.
Bruges foi deixada, e os mercadores transferiram-se para — ta-da! — Antuérpia, a nascente nova rainha econômica destas terras baixas, o que coincidiu com o boom do comércio de especiarias produzidas pelos portugueses ou trazidas pelos mesmos desde o Oriente.


Antuérpia basicamente aparece na História mundial aí nesses idos de 1500 para tornar-se, nas palavras de Fernand Braudel, “o centro de toda a economia internacional, algo que Bruges nunca foi nem no seu apogeu“.
Isso porque vieram banqueiros, mercadores e negociantes de todo o mundo francês e germânico, além de italianos e ingleses, a processar, investir e circular as especiarias que os portugueses e outros traziam pelo porto. A também vender-lhes tecidos, vinhos e grãos. O ouro e prata das Américas, quando não iam enfeitar as igrejas ibéricas, vinham cá engordar a economia de Flandres.
Ou, melhor dizendo, Brabant em vez de Flandres. É que aquele nome é menos reconhecível entre os lusófonos, e todos seguiam chamando de Flandres esta região, e de flamengos os seus procedentes — ainda que Antuérpia e Bruxelas, do Ducado de Brabant, já estivessem superando Gante e Bruges, as clássicas do Condado de Flandres.


Antuérpia era a galinha dos ovos de ouro da coroa espanhola.
Oi? Como assim? Sim, estávamos aqui em terras da coroa espanhola. Nem Flandres nem Brabant eram completamente independentes. E o porto mais lucrativo dos mercadores espanhóis tampouco era Sevilha ou Cádiz, mas Antuérpia cá no norte.
A questão é que estas deixariam de ser terras espanholas dali a um tempo, e com os anéis foram-se os dedos.
Eu já tratei sobre como, com a Reforma Protestante, parte destas terras baixas rebelam-se contra a Coroa Espanhola para formar o país que viemos a chamar de Holanda. A parte católica (a atual Bélgica) os espanhóis conseguem reter, mas a partir de agora (~1600) haveria competição com Amsterdã.

O pega-para-capar estava declarado, e é claro que Antuérpia sofreu comercialmente com essa guerra, dando brecha para que Amsterdã a superasse no século XVII — levando ao florescer tudo que você ainda vê hoje lá na capital holandesa.
A “fúria” espanhola, muito antes de significar a garra da sua seleção de futebol, tinha o significado muito mais sinistro de representar estas situações nos fins do século XVI em que soldados imperiais mal-pagos, não recebendo seu soldo, pilhavam a gosto as cidades. Em 1576 foi a vez de Antuérpia — saqueada pelas tropas imperiais que ali perto estavam para salvaguardá-la dos rebeldes holandeses.

Isso fortaleceu ainda mais a rejeição flamenga e holandesa aos espanhóis, eles que já estavam mui ressabiados desde que vossa majestade Filipe II enviou-para cá em 1567 o famoso Duque de Alba, apelidado “Duque de Ferro”, que veio restaurar a ordem após arroubos de iconoclastia (destruição de ícones; neste caso, imagens católicas) por parte de insurgentes protestantes concentrados nas províncias que se tornariam a Holanda.
Onde hoje são as animadas praças centrais de Bruxelas e Antuérpia, o Duque de Alba mandou executar publicamente prefeitos e nobres flamengos que ele via como suspeitos de compactuar com os rebeldes protestantes.
O sangue corria — e com instabilidade, como se sabe, vão embora os negócios. No saque de 1576, sete mil civis foram massacrados aqui em Antuérpia.
A cidade se juntaria aos holandeses, chegando inclusive a se tornar a capital rebelde por um tempo, mas logo seria retomada pelas tropas leais ao católico império.
Em tempo, esta capital do açúcar passaria dos Habsburgo da Espanha aos seus primos, os Habsburgo da Áustria, sendo então governada desde Viena até as guerras napoleônicas e o tardio surgimento do país “Bélgica” em 1831.

Chegando a Antuérpia hoje
Chegar a Antuérpia hoje em dia é algo que quase invariavelmente se faz de trem, pela sua imponente estação ferroviária — filha de outros tempos, do renascer de Antuérpia como importante porto comercial no século XIX.
Antuérpia tomou muita porrada na vida, e talvez não seja a cidade belga que mais resguarda tesouros de outros tempos. Porém, tem possivelmente a estação de trem mais bela da Europa. (É algo difícil de avaliar, e ambicioso de dizer, mas esta é seriamente uma das candidatas fortes.) Vale deter-se aqui um tempo em vez de só chegar e já sair de imediato para a cidade.




A minha primeira visita a Antuérpia foi um tanto sui generis, diferente das minhas voltas habituais pela Europa.
Eu morava em Amsterdã, e aqui vim para o show de 15 anos da banda Within Temptation. As acomodações estavam, previsivelmente, todas lotadas — e eu não iria perder o evento por isso. Passaria o restante da noite na rua se necessário fosse, e assim se deu.
Eu virei a noite à deriva, pelas ruas de Antuérpia até o amanhecer.

Era um novembro frio — definitivamente baixa estação nestes cantos da Europa. (Para turismo, prefira vir cá entre maio e setembro.)
Terminado o show à meia-noite (pois estes eventos na Europa começam mais cedo e terminam mais cedo que no Brasil), deparei-me com vários outros brasileiros zanzando pela cidade, identificáveis pelas suas bandeiras e cores — antes de estas terem sido apropriadas por certas ideias políticas — e pelo conversê em português na rua sobre o show.
Acabei dando umas voltas pela cidade quieta com Fabrício, um carioca que fazia intercâmbio pelo Ciência sem Fronteiras nos tempos de Brasil Grande e iria ver depois como retornava à Alemanha.

Como não é raro na Bélgica, os trens entrariam em greve à meia-noite. Já não me lembro se Fabrício retornou de ônibus ou de avião — num dado momento, despediu-se, e fiquei eu zanzando pela cidade.
Passamos por áreas várias, desde a praça principal, que quieta à noite estava, até o porto e o chamado Quarteirão dos Marinheiros — que é como Antuérpia chama o seu modesto, mas existente e público, distrito da luz vermelha. Embora incomparável ao de Amsterdã em tamanho, guarda semelhanças e era a parte mais movimentada da cidade naquelas altas horas.

Depois de andar à vontade no que era uma noite fria de novembro, e depois de Fabrício ir embora, achei boa ideia me ir abrigar na magnífica estação de trem — para ser posto para fora dali a pouco, devido à greve dos ferroviários. (A Bélgica com as coisas sempre funcionando quando você precisa dela.)
Minha sorte é que meu retorno a Amsterdã seria de ônibus, cedo pela manhã. Zanzei mais um tempo, tendo como companhia uma versão de bolso de Sherlock Holmes: O Cão dos Baskervilles — e o ocasional pedinte que me abordava se eu me detivesse tempo demais no mesmo lugar.
Se você, como eu, já assistiu a filmes como Antes do Amanhecer (1995) e tem uma certa gana de virar a noite ao léu numa cidade europeia, como fazem ali os personagens, saiba que aquilo só é legal no verão. No outono/inverno, “não frutifica”, como diria Marco Aurélio Mello. Não tem nem de longe o mesmo gozo — você passa frio gratuito.
Foi por isso que preferi voltar a Antuérpia nos fins da primavera. Os idos de maio-junho aqui são perfeitos.



Pedro Paulo Rubens (Pieter Paul Rubens) foi um pintor flamengo nascido aqui em Antuérpia, que se tornaria um dos maiores expoentes europeus do período barroco. Esse período deu seguimento ao Renascimento, e começou a explorar tons mais sombrios, mais decorados e menos presos à norma artística clássica.
Ele, que viajou extensivamente pela Itália do começo do século XVI, bebeu das obras de Caravaggio, Veronese, Tintoretto e tantos outros. Viria para, junto com outros flamengos e de notáveis contemporâneos holandeses como Rembrandt (1606-1669), fazer destas terras baixas talvez a região da Europa mais artisticamente fértil para a pintura no século XVII.
As obras de Rubens estão espalhadas Europa e mundo afora, mas aqui em Antuérpia você pode visitar a casa onde ele viveu e trabalhou nos idos de 1600 e poucos.



Het Steen em holandês ou flamengo quer dizer “A Rocha”, e esse era um nome corriqueiro para castelos.
Para não dizer que não falei das pedras, há um homônimo aqui em Antuérpia à beira do rio Schedlt (mas não é o que Rubens pintou, o qual fica no interior mais perto de Bruxelas.)


Depois que os holandeses tiveram sucesso em se separar, estrangularam a saída de Antuérpia pelo rio Schedlt para o mar e sufocaram a cidade economicamente.
A coisa só mudaria mesmo de figura no século XIX com a construção de um porto de águas profundas aqui, permitindo que navios maiores adentrassem — como segue sendo o caso hoje.
Além disso, como a Inglaterra tinha interesse na formação deste país Bélgica na Europa pós-napoleônica como um tampão entre a França e seus vizinhos, persuadiu os holandeses a não atrapalharem.
Desde 1863, os holandeses já não cobram dos belgas nem atrapalham a saída das suas embarcações ao mar. Antuérpia é o segundo maior porto europeu em carga, após Roterdã (na Holanda).

A cidade segue assim. Hoje bastante modernizada, e com um centro antigo que é relativamente pequeno para o tamanho desta cidade de mais de 1 milhão de pessoas. Você, da estação de trens, desce a rua De Keyserlei direto como quem vai para o rio, e lá encontra seu centrinho.
Não é uma cidade deveras turística (verdade seja dita), mas ela tem o seu calibre histórico e oferece um dia bem passado aqui.
Antuérpia vale a visita pelo casario, sua praça principal, a catedral, a simbologia de alguns lugares, e tanto o castelo quanto a Casa de Rubens (Rubenshuis) e o Museu à Beira-Rio (Museum aan de Stroom — abreviado MAS em holandês), que traz muito do que vos contei sobre a história da cidade.


Estejam apresentados, portanto, a esta terceira expoente do antigo Ducado de Brabant (após Leuven e Bruxelas), ente do começo da modernidade que daria à Bélgica moderna as suas maiores e mais ricas cidades — inclusa esta antiga capital mundial do açúcar.
Maravilha. Que interessante cidade. Belíssimo casario, lindo porto, charmosas e cativantes pracinhas e ruelas, belos templos e uma espetacular Estação Central, ferroviária, que mais parece uma catedral. Estilosa, elegante, artisticamente trabalhada, belíssima, que por si só já valida a visita à cidade. Linda, com suas belas escadarias, vitrais, arcos, sua imponente abóboda, e seu impressionante exterior. Impar. Um verdadeiro palacete. Uaaauu..
E que pujante esse memorial colocado na moderna Antuérpia da artista iraquiana. Mais parece um navio a voar pelos ares da antiga rainha do açúcar, a relembrar seus áureos tempos.
Belíssimo o complexo arquitetônico da cidade. Deslumbrante, harmônico, com seu casario artisticamente recortado. Até os tons respiram bom gosto e harmonia.
Belíssima essa foto do porto de Antuérpia, dourado pelos raios do sol poente. Magnifica.
A cidade é linda e seu ar vetusto é colorido pelas pessoas que para lá acorrem atraídos pela sua beleza e pujança
Belo castelo, lindas, sossegadas e suaves paisagens.
Viva o grande e inspirado Rubens e sua arte inigualável. Nao sabia que era de Antuérpia.
E que fascinante relato histórico: tempos áureos, momentos dramáticos, e sua resiliência hoje. Que beleza. Muito prazer em conhecê-la, famosa, vetusta, histórica e artística Antuérpia. Tão cantada, em verso e prosa, pelos livros de História e de Arte.
Valeu viajante brasileiro. É isso ai. Viajar é preciso, sobretudo nesses tempos de pandemia hahah
By the way, adoro essa banda. E imagine nesses tempos de hoje essa aglomeração heinnnn. Notre Dame. Haha, Não daria certo. Saudade dos tempos em que não se precisava usar máscaras e se podia curricar aonde ”desse na telha” hahah
Valeu. Amei.
Fantástica, Mairon! Arrasou! Só dois detalhes:
Não diga que um belga flamengo fala “holandês” – elles detestam! Preferem dizer que falam neerlandês, ou melhor ainda, que falam flamengo.
Penso que Rubens era alemão mas desenvolveu sua obra em Antuérpia, onde morava.
Obrigado, Juli!
Você está coberta de razão: eu acabei chamando a língua aqui de “holandês”, mas eles de fato detestam. (Salvo raras exceções que encontrei.) Eu quis destacar o fato de ser praticamente o mesmo idioma (não algo totalmente distinto), mas vou passar a usar neerlandês quando quiser indicar isso — bem apontado!
Sobre Rubens, ele de fato nasceu em território alemão, mas de pais flamengos que fugiram para Colônia durante as perseguições aos calvinistas. Como eles na Europa costumam olhar mais o sangue que a terra, daí ele ser considerado flamengo em vez de alemão.
Obrigado pelos inputs, e seja bem-vinda. Grande abraço,