(Este será um post longo.)
Guadalajara, Estado de Jalisco, México. Bem-vindos à terceira maior metrópole mexicana, depois da Cidade do México e de Monterrey (Nuevo León).
Guadalajara, de que se ouve falar no esporte, nas músicas, ou até não se sabe bem onde, é um importante ícone cultural mexicano. Capital do estado “noroestino” de Jalisco [lê-se “Ralisco”], é desta região que vêm os mariachis e muito da música ranchera mexicana, assim como também a famosa tequila.
Há toda uma cultura própria aqui, da mesma maneira que há nas fortes identidades regionais brasileiras em estados como Bahia, Minas Gerais ou Rio Grande do Sul. Como muitas dessas tradições vieram a ser associadas ao país como um todo, chega-se por vezes a dizer que “Jalisco es México“.
Estamos, portanto, num lugar de raiz.


Permitam-me falar melhor da tequila num dos próximos posts. Aguardem meu relato da visita à cidadezinha aqui em Jalisco chamada Tequila. Sim, há uma cidade com o nome da bebida — ou deveria eu dizer que a a bebida é que leva o nome da cidade? Darei os detalhes lá. Ele é um dos ditos pueblos mágicos de México por seu valor de conservação cultural.
Esta postagem é apenas a primeira de uma trilogia aqui em Jalisco.
Inicialmente, eu quero vos apresentar Guadalajara, sua capital, e alguns lugares interessantes daqui. Isso inclui muitas obras do tempo colonial, o magnífico Hospício Cabañas, (tombado pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade — já explico por que), e outros lugares culturalmente importantes de Jalisco.
Como estamos no México, há sempre algo de típico a provar com a boca também. Nem só de tequila vivem os jalisciences.


Chegando a Guadalajara
Señoras y señores, damas y caballeros, eu cheguei até Guadalajara vindo de ônibus desde Guanajuato, outra joia de cidade histórica mexicana que, se você ainda não viu, eu recomendo ver.
Há um aeroporto em Guadalajara, mas o mais habitual é visitá-la como parte de um itinerário mexicano que inclua várias cidades desta zona central do México. Aqui, eles se intitulam como “oeste” ou “noroeste” do país, mas a verdade é que apenas algumas horinhas de estrada o separam daqueles lugares de interesse que mostrei anteriormente no centro do país — Guanajuato, Querétaro, Bernal, San Miguel de Allende e outros.
De qualquer uma delas, assim como da Cidade do México e outras, você facilmente consegue um ônibus confortável até aqui na PrimeraPlus, ETN, ou alguma das outras empresas que fazem trajetos cá ao norte do país.
Guadalajara tem uma rodoviária com terminais diversos, para as diversas companhias, e quase parece um aeroporto. Inclusive, já estive em aeroportos menores que a rodoviária de Guadalajara.




Quem me acompanha sabe que eu tenho ojeriza de táxi. (Não sou somente eu; um dos maiores portais internacionais com informações sobre transporte se é www.ihatetaxis.com por boa razão.) Hoje, claro, há aí os aplicativos vários para facilitar sua vida, e eles funcionam bem aqui no México. Cabify aqui é o mais comum. Porém, aos fãs de transporte público como eu, Guadalajara oferece a opção mais barata.
Você pode caminhar por uma calçada entre os vários terminais da rodoviária, mas há também um ônibus branco gratuito que fica circulando e levando as pessoas. Ele é quem o leva à estação de metrô, bem pertinho.
Central de Autobuses é a estação deste lado do fim da Linha 3. Você compra um cartão de transporte por 30 pesos (aprox. R$ 8), e paga meros 10 pesos por cada passagem aqui em Guadalajara (R$ 2,50, mais barato até que a passagem de ônibus em Feira de Santana). “Diez pesitos“, como me instruiu o guarda recomendando-me o metrô para chegar ao centro.
O metrô é bom, novo, e neste ponto não vai muito cheio.


Pelo centro de Guadalajara
Guadalajara é uma cidade extensa, ainda que não seja aquela —maravilhosa — loucura cosmopolita imensa que é a Cidade do México. Guadalajara tem um ambiente ligeiramente mais sossegado, como que de cidade grande do interior, se é que você me entende.
Usando o metrô, você logo terá na cabeça em caráter permanente a frase gravada Mi tren – cuidalo! que o torniquete diz na velocidade da luz a cada vez que você passa com o cartão de transporte. (Há inclusive uma página de memes, pelo visto mantida pelo próprio governo, só sobre isso.)
Eu me dirigia até Olga Querida, o nome do singelo hostel onde eu me abrigaria. (Como não amar esses mexicanos?). Desembarquei do metrô numa verde avenida, prossegui por ruas retas que se cruzam. Eram relativamente estreitas, o plano da cidade na forma de grade com cruzamentos perpendiculares como é típico das cidades mexicanas.
Eu não demoraria a ter com Lucy, a senhora mexicana de meia idade que era senhora de tudo na pensão — mãe das outras funcionárias, e daquelas pessoas que parecem que nunca desligam. “Estoy aqui veinte y cuatro horas. Cualquier cosa que necesites, mismo en la noche, puede llamarme via WhatsApp“, dizia ela séria movendo as mãos. Tive a impressão de que Lucy nunca dorme.


Eu recomendo pelo menos 1 dia inteiro para percorrer os lugares de interesse aqui em Guadalajara, mas 2-3 dias deixam você mais à vontade, sobretudo se quiser ver as coisas num passo mais tranquilo. Há bastante, embora inicialmente não pareça.
Já no dia em que cheguei, que foi quase noite, eu ao escurecer fui visitar aquela que possivelmente é mais bela igreja da cidade, o Templo Expiatorio del Santíssimo Sacramento. (Os mexicanos amam estes nomes intensos e dramáticos.)
Ali, numa praça ampla diante da movimentada igreja, as pessoas se reuniam nos bancos à noitinha tal como em tanto da América Latina. Vendedores de comida de rua erguiam suas barracas, e senhoras (e senhores) de casas próximas iniciavam suas vendas de comidas caseiras. “Ali naquela casa tem uma senhora que vende tamales“, me indicava um. E, de fato, com dizeres simples, todos sabiam e formavam fila.
Eu, francamente, adoro esta sociabilidade urbana meio “das antigas” aqui no México — um tanto como era no Brasil antes de quase todo mundo se mudar para condomínio fechado ou apartamento. Veja você, que ironia, que o tão mal-falado México ofereça a segurança que o Brasil não dá para você estar assim às praças do centro á noite.


Afora os vendedores de comidas, havia também migrantes pobres vindos de Chiapas ou outras partes do sul do México, no seu parlar indígena, a vender tecidos e outras coisas manuais.
Havia vendedores de rochas mágicas também, estes gente aqui de Guadalajara mesmo. Na Europa ou mesmo na Ásia, seria simplesmente pela raridade geológica ou beleza estética da pedra, mas como estamos na América Latina, as pessoas falam abertamente que esta é boa para o estômago, aquela contra o mau-olhado, etc. Eu mesmo comprei uma bela obsidiana.
Você pode sentar praça ali um tempo e se distrair umas boas horas, sobretudo nas noites de fim de semana.




Eu, no dia seguinte, seguiria rumo ao meio do centro histórico propriamente dito.
Guadalajara tem pouca cara de “cidadezinha histórica” à là época colonial. Ela é mais uma cidade moderna, mas que conserva edificações de época.
Segui por ruas onde pequenos arbustos de laranjeiras — ou alguma parente amarga — deixavam seus frutos pelo chão. Criavam uma certa ambiência. Ao que o calor da manhã já começava a subir junto com o sol, detive-me no caminho para comer o que se revelou um pastel mega-engordurado (que não se dignou a ser fotografado), que ajudei a descer com uma coca-cola, à maneira mexicana. O México é o país que mais bebe coca-cola no mundo — mais do que os EUA.
Sentindo-me culpado por tão má alimentação esta manhã, fui buscar penitência com São Francisco naquela praça que vos mostrei acima — quase jurando abstinência desses males do consumo. Você não vai ficar chocado de saber que, como noutras partes do mundo ocidental, algumas das edificações antigas mais impressionantes são igrejas.





Circular pelo México é, quase sempre, tomar um banho de História colonial latino-americana — com todos os seus sangues, feitos, e heranças.

Daqui, eu em menos de 10 minutos cheguei ao centro do centro, passando por avenidas e calçadões que me lembraram os centros de algumas cidades do Brasil. O calor era semelhante, assim como o movimento de pessoas e os anúncios de venda.
Guadalajara tem, não uma, mas quatro praças principais, uma em cada lado da catedral. É impressionante, e todas elas são bonitas e bem mantidas.
A área possui todo um complexo ao redor que inclui a Prefeitura de Guadalajara, o Palácio de Governo do Estado de Jalisco, e o Museu Regional de Guadalajara. Tudo na arquitetura colonial em pedra.




Se quiser, você pode passar um tempo só aqui inspecionando em detalhes estas quatro praças, assim como a própria catedral — formalmente conhecida como Catedral da Assunção de Nossa Senhora. Sua construção na presente forma foi iniciada ainda em 1561 e terminada em 1618. Note que é mais antiga que a maioria das igrejas brasileiras.


Um pouco sobre o passado de Guadalajara
O início da construção desta catedral na década de 1560 coincide com o estabelecimento de Guadalajara nesta localidade como capital de província.
Vocês talvez saibam que não foi raro aos espanhóis, durante o período colonial nas Américas, tentar estabelecer tal cidade, depois mudar para ali porque se viu que a água não era boa, depois mudar outra vez por causa de um terremoto, e assim vai. Foi assim com Guatemala Antigua, por exemplo, e assim com Guadalajara, que só terminou sendo ficando com sua quarta fundação.
Para dividir as terras do que ficou conhecido como Nova Espanha nesta Mesoamérica (não incluía as posses espanholas na América do Sul), o que é hoje o México, a América Central, e parte do atual Estados Unidos foi dividido entre províncias ou “reinos”. (A coroa era uma só, mas lembre que, administrativamente, a própria Espanha seguiu dividida, por exemplo com o Reino de Castela e o Reino de Aragão continuando administrativamente distintos, por vezes com leis distintas, ainda que governados pelo mesmo monarca.)
Este lugar aqui ficou chamado Nova Galícia, em referência àquela região no extremo oeste da Espanha, com Guadalajara a sua capital.

Este território já era habitado há pelo menos 15 mil anos, e desde 7.000 a.C. já se praticava agricultura aqui. Em torno de 1325 no calendário cristão, esta região passou a ser dominada pelo Purépecha — mas os grupos eram e são realmente muitos e diversos, alguns dos quais tradicionalmente nômades, como os Chichimeca de que lhes falei em Querétaro.
Os espanhóis queriam, basicamente, expandir seu controle após conquistar o império asteca com a tomada de Tenochtitlán (atual Cidade do México) em 1521.
Quem ficou a cargo foi o trucidador Nuño de Guzmán, nascido a 1490 na cidade de Guadalajara (Espanha). Sim, há uma Guadalajara na Espanha, embora poucos já tenham ouvido falar dela. Nuño era rival do famoso Hernan Cortés. Nem sempre dos damos conta, mas os índios sobravam no que era também uma disputa de egos e conquistas entre os comandantes espanhóis. Eu ponho aqui no original a descrição oferecida de Nuño pelo seu biógrafo,
“Crueldad en gran medida, ambición sin límites, refinada hipocresía, gran inmoralidad, ingratitud sin igual, y un odio fiero hacia Cortés.”
A fina flor da moralidade ibérica veio para cá, portanto. De tanto maltratar os índios e roubar os próprios outros espanhóis, Nuño foi preso pelo vice-rei e mandado algemado de volta à Espanha, onde morreria pobre anos depois.
Cristóbal de Oñate (1504-1567), que o acompanhou e viria a ser governador de Nova Galícia, todavia fundou esta cidade e a batizou de Guadalajara em sua homenagem. O curioso é que o nome originalmente não é propriamente espanhol, mas árabe: wādī al-ḥajārah, que quer dizer “vale de pedra”. Mostra o quanto os ibéricos, em verdade, intermediaram uma vinda de imputes árabes à América Latina.

Em várias partes da cidade, você verá o brasão de armas de Guadalajara com dois leões e uma árvore no meio. O símbolo teria sido outorgado à cidade ainda em 1539 (após uma das suas primeiras fundações, que não vingaram) pela própria Sua Majestade, o rei Carlos V.
Segundo ouvi da boca de uma guia local, a árvore significa fortaleza, enquanto que os dois leões simbolizam a perseverança e a honradez que, supostamente, acompanhavam a presença espanhola nestas terras. Perseverança, sem dúvida. Honradez, muito pouca ou quase nenhuma, observou-me a guia.

Rumo ao Hospício
É hora de finalmente irmos ao hospício, este que a UNESCO reconhece como Patrimônio Mundial da Humanidade. Vocês entenderão.
Da catedral, o Paseo del Hospicio é o agradável calçadão que o leva até o Instituto Cultural Cabañas, mais conhecido aqui como Hospício Cabañas.
O caminho até lá é agradabilíssimo e um dos pontos-altos do passeio aqui por Guadalajara.
Eu terminei de dar a volta nas quatro praças que rodeiam a catedral, e tomei meu caminho rumo a ele.




O Hospício Cabañas, ao qual eu me dirigia, data dos fins do século XVIII. A 1791, teve-se a ideia de se construir aqui uma santa casa de misericórdia — como tantas no Brasil — dedicada aos pobres, doentes, órfãos ou idosos desamparados. O nome provém do bispo José Cruz Ruiz Cabañas y Crespo, enviado desde a Espanha cá a Nova Galícia em 1796, e que veria sua inauguração nos princípios do século XIX.
O complexo acabou sendo um amplo palacete, todo térreo e com amplas vias para facilitar a circulação dos desamparados, com jardins, e onde também se instalou das primeiras oficinas de imprensa da Nova Espanha.
A cereja no bolo viria a ser obra do mestre muralista mexicano José Clemente Orozco, que nos anos 1930 pintou magníficas obras dentro da capela. É uma esplendorosa fusão de elementos culturais ameríndios e espanhóis, reconhece a UNESCO.



José Clemente Orozco (1883-1949) foi um muralista mexicano da mesma geração de Diego Rivera, mas algo distinto. Enquanto que Rivera compôs críticas sociais de cunho mais realista (suas obras principais você vê aqui), Orozco teve um estilo mais abstrato, seguindo um tanto a tradição de pintura ameríndia, com seus temas algo oníricos e significados nem sempre óbvios.
Quem gosta de arte será capaz de passar um bom tempo aqui nesta capela.

Orozco pintou sobre superfícies curvas, e utilizou da chamada perspectiva poliangular. Isso significa que produz efeitos que seriam impossíveis de realizar sobre uma superfície plana, e você tem a impressão de a coisa mudar um pouco a depender de onde você olhe.



Terminando em Zapopan
Se você não saiu doido do Hospício Cabañas, eu espero que tenha saído maravilhado. A criatividade e a expressão artística impressionam.
Em verdade, toda a área ao redor desse atual museu é bonita. Só me preveniram que eu tomasse cuidado na região de San Juan de Dios, onde fica o Mercado Libertad aqui no centro, e que me disseram não ser lá muito segura.
De fato, no longo e belo Paseo del Hospicio, passando pelas belas edificações e obras, você é a todo momento interpelado por pedintes mostrando a pobreza e desigualdade que ainda há aqui — mazelas latino-americanas de origem.


Deixando esta singela área entre o Hospício Cabañas e a Catedral de Guadalajara, eu agora me dirigia a um dos lugares mais sacros e bem quistos desta cidade: à Basílica de Nossa Senhora de Zapopan, um santuário franciscano quase ao fim de uma das linhas de metrô.
Esse lugar tem sua origem já em 1541 com os missionários franciscanos que aqui vieram na esteira das conquistas. Esses freis foram dos primeiros críticos ao tratamento cruel que os nativos recebiam, embora por vezes também participassem da destruição de sua cultura.
O que antes era um sítio fora da cidade você hoje alcança com a Linha 3 do metrô indo na direção norte até uma parada chamada Zapopan (note que os mexicanos pronunciam “Zapópan” e não “Zapopã”). Você desembarca, e logo percebe que é um lugar de romaria, com um calçadão enfeitado circundado de restaurantes desde a estação de metrô até a basílica.
Foi onde eu, além de ver a basílica histórica, provei do tejuíno.



Zapopan é praticamente outra cidade, um povoado colonial que de fato virou um município administrativamente separado, ainda que parte física de Guadalajara — e que eu preferi incluir já nesta mesma postagem.
Afora provar do típico tejuino, a bela basílica colonial realmente é o grande atrativo aqui.
Tejuino é uma bebida pré-hispânica feita com milho ligeiramente fermentado, açúcar mascavo, limão, e uma pitada de sal. (Como você vê, esta coisa de adicionar sal e limão a tudo está longe de ser exclusividade da tequila — é hábito mexicano.) Se você deixar, eles também adicionarão pimenta moída à bebida.
O gosto? Tem sabor de suco de tamarindo, só que ligeiramente mais grossinho — acho que pela farinha de milho que põem. Não dá pra sentir álcool absolutamente nenhum da fermentação. É, praticamente, um suco refrescante, que eles aqui servem à rua e, geralmente, com uma bola de sorvete de limão dentro. (É claro que fica bom.)





Guadalajara tem assim muitos recantos. Mostrei alguns, e na postagem seguinte estas andanças por Jalisco continuam.
Oh, como é grande organizada e bonita, Guadalajara!… a histórica e sugestiva cidade desse também mui conhecido entre nós, brasileiros, o estado de Jalisco.
Que beleza!… Ampla, cheia de belas e arborizadas praças, bem arrumada, limpa, com lindo acervo histórico em meio à modernidade. Com lugares gostosos de sentar e apreciar o movimento. Bela cidade.
Belissimas essas arborizadas e amplas praças, bem cuidadas, com sua arquitetura fantástica de época, belos templos, prédios históricos, ricos em traços das vidas há muito vividas e dos seus legados. Fantástica a cidade. Muito bem conservada na sua parte histórico cultural.
Que charme esse metrô. Moderno. E que belas ruas e ruelas.
Amei esses templos. Belissimos interiores e rica arquitetura. Lindos.
Seja no futebol, seja nas músicas e músicos populares, os brasileiros estão muito familiarizados tanto com Jalisco como com sua capital, Guadalajara.
Antes do golpe militar de 1964 a juventude brasileira era muito achegada aos latinos americanos, seus vizinhos.
Para aqui chegavam as músicas mexicanas, cubanas, argentinas e outras, muito apreciadas pela juventude dos anos de ouro do Brasil, final da década de 1950 e toda a década de 1960.
Eram cantados e dançados os tangos argentinos, a rumba cubana, os samba-canções e canções tradicionais mexicanas, como as de Los Mariachis.
Vivia-se intensamente essas culturas às quais se misturava a cultura musical brasileira da MPB, dos sambas, da bossa nova e o nascente rock n Roll, tanto dos Eua quanto da Inglaterra.
Com o golpe militar de 1964 , houve uma invasão da cultura estadunidense, enquanto a cultura latino-americana foi alijada. O Brasil afastou-se culturalmente dos seus irmãos latinos o que foi uma grande perda para a interaçao latino-americana.
Pouco hoje se sabe das belezas e riquezas dessa bela Latino-américa.
Daí, meu jovem amigo viajante brasileiro, a importância imensa dessas publicações tão belas que o senhor faz, e posta, no sentido de resgatar essas riquezas culturais , muitas centenárias, históricas, artísticas, dessa belíssima civilização de que se compõe a América Latina. Joia , patrimônio imorredouro dos povos da Terra.
E que interessante e mimosa esse cidadezinha. Fofa. Parece que ficou nos séculos atrás. muito bonitinha. E bem movimentada.
Linda postagem. EitaMéxico bonito. Viva a cultura de latino-america.