Togo. Está aí um lugar na lista de poucos. Muitos nem sabem onde fica. Ainda assim, foi por onde resolvi iniciar o meu périplo por um pouco da África Ocidental.
O Togo é um país soberano que foi colônia alemã e depois francesa até se tornar independente em 1960. Do tamanho do Estado da Paraíba, e portanto maior que a Suíça ou a Holanda, Togo tem um território longilíneo espremido entre Gana e o Benim, na mesma vizinhança onde também estão Nigéria e Costa do Marfim. Vai desde a beira-mar — onde fica a capital Lomé — até as margens secas do Sahel, a região semi-árida da África na borda sul do Deserto do Saara.


Por que você resolveu ir ao Togo??
Duas razões principais. A primeira é que eu já fui à maioria dos países do mundo. Já conheço quase todos os mais habituais (ainda que me falte coisa), e mais da metade dos que me restam por visitar estão na África. Ademais, eu adooooro vir a estes lugares aonde quase ninguém vem e contar tudo nos detalhes, pois o sentimento de descoberta e ineditismo é maior. Portanto, aguardem — finalmente — mais relatos da África nos próximos tempos, pois o Continente Negro segue sendo minha maior lacuna.
A segunda razão é histórico-cultural. Foi precisamente desta região do Golfo do Benim, na antigamente chamada de Costa dos Escravos, que vieram tantos dos ancestrais brasileiros — mais especificamente, os escravos dirigidos ao porto de Salvador na Bahia. Não é à toa que a cultura baiana, e por conseguinte a brasileira, compartilham tanto com a África Ocidental em termos de culinária, religiões, etc. Eu aqui estava portanto também em missão para conhecer de perto algumas dessas raízes da Bahia e do Brasil.
As descobertas, como frequentemente ocorre, excedem as expectativas — e eu preciso conjurar toda a minha caridade cristã ou compaixão búdica para não ceder à vontade que dá de esbofetear a grande mídia, os influenciadores, e tantos dos estudiosos que se debruçam sempre sobre as mesmas coisas e falham em nos mostrar certos lugares e temas. Estamos aqui portanto também para retificar isso.

Tirando o visto eletrônico para o Togo
Desde julho de 2022, o Togo oferece um serviço online para obtenção de visto eletrônico ao turista. Utilize apenas o site oficial, https://voyage.gouv.tg, para evitar gastar a mais desnecessariamente com intermediários. A verdade é que os países africanos são por vezes um pouco duros de visitar porque muitos seguem naquela coisa antiga de exigir visto (por vezes até o visto físico, aquela coisa velha do adesivo no seu passaporte), mas eles também estão gradualmente aderindo à tendência mundial de remoção de barreiras e facilitação dos intercâmbios internacionais.
No Togo, há uma dúzia de nacionalidades africanas (geralmente, de países vizinhos) que podem entrar sem visto, e no mais ainda se fala internet afora em visto na chegada (visa on arrival) para todos os demais. Porém, o que li foi que, desde a criação do tal portal, não existe mais o visto na chegada, e no aeroporto eu não vi nada a esse respeito. Então cuidado com informações obsoletas por aí.
Agora que há o portal, o mais simples e eficaz é tirar o visto online antes. Eu previ que me pouparia tempo tanto na imigração quanto na hora de embarcar, se me vissem sem um voo de retorno. O e-visa evita possíveis pepinos com funcionários de companhia aérea (ou de imigração) que porventura não estejam convencidos de que você tem mesmo direito a visto na chegada. Se você não tiver o e-visa, podem lhe exigir à hora do embarque alguma passagem de saída de Togo, o que pode ser complicado se você daqui estiver indo ao Benim ou outro país por terra e não puder provar passagem já comprada. Valeu muito a pena estar já com o visto.
Do que você necessita? Da passagem de avião já comprada para Lomé, capital do Togo (a entrada, mas não necessariamente uma passagem de saída); uma foto 3×4 tipo oficial, no computador; e pagar a tarifa que equivale a cerca de 38 euros.

Passo a passo
O primeiro passo é comprar um voo para Lomé, pois eles pedirão que você anexe sua reserva de voo ao pedido de visto. Quanto à foto 3×4, basta fotografar com o celular uma foto 3×4 que você tenha em casa. Eles não são exigentes demais. Se não, há também aplicativos por aí que lhe permitem produzir tais fotos você mesmo com a câmera do celular.
O segundo passo é criar uma conta na plataforma online, com um e-mail e senha. Não há grande mistério ali, daí você preencherá um formulário online com dados pessoais e que você pode ir salvando.
O terceiro passo é subir os arquivos, pagar a solicitação de visto, e submeter tudo. Observe que o valor padrão que aparece lá no formulário é para um visto de múltiplas entradas. Se você não for precisar, altere para entrada simples, mais barata. Et voilà!
O visto fica pronto em coisa de 5 dias úteis, portanto não deixe para a última hora.
Vacinas & o Bordereau de Voyage
Alguns belos dia após a sua submissão, você receberá um e-mail confirmando que o seu pedido de visto foi aceito. “Félicitations !!!”, começa a mensagem.
Com a sua senha e o número de requisição, você vai ao site e puxa o PDF de uma página com seus dados, número do visto, validade, e um código de barras contendo toda essa informação eletronicamente. (Note que cada vez que vai ao site oficial consultar o status da sua solicitação, precisa confirmar o acesso pelo e-mail. Eles lhe enviam um código a cada vez, como num login de duas etapas, para aumentar a segurança.)

Entretanto, o e-visa não é ainda o documento final — e eles lhe dirão isso no papel. Coisa de 72h antes da sua viagem, você precisa responder ao formulário de saúde (também no site) para obter o chamado Bordereau de Voyage, este sim o documento final que contém tudo o que eles querem saber, e que você imprime e leva consigo.
Note que eles ainda falam em COVID-19, mas se você estiver vacinado, não precisa teste. Tenha a versão eletrônica do seu certificado de vacinação, e faça o upload dele no site. Não me consta que eles façam diferenciação de vacinas.
Pronto. Agora é só imprimir tudo (recomendo ter uma cópia reserva por segurança), e pronto. Tenha o e-visa e o bordereau no celular, mas saiba que eles aqui estão ainda habituados a estas coisas no papel. É também melhor que circular o seu celular por aí.
Ah! Se você for brasileiro (não importa de onde seu voo venha), tenha consigo também o certificado de vacinação contra a febre amarela. Em tese, é exigido.

Desembarcando em Lomé
Eu vinha desde Estocolmo, onde atualmente vivo, com uma conexão em Addis Ababa até Lomé. Parei dignamente para tomar um café etíope, nesta que é a terra de origem do café, mas não me dignei a comprar souvenirs daqui desta vez. Eu sabia que minha mochila teria muito do que se encher nos outros países africanos que eu visitaria nas próximas semanas.
Lomé fica 3h à frente do horário de Brasília, 1h atrás de Portugal e 2h do horário principal da Europa, então não estamos falando em nenhum jet-lag sério. Viajar para a África tem estas vantagens (se comparada ao Oriente).
Eu tinha deixado Estocolmo à noite, chegado à Etiópia a tempo do café da manhã, e tinha dali um voo curto de poucas horas até o Togo, aonde chegaria antes do meio dia. Fazia uma manhã tropical úmida de seus 30 graus como em tanto do Brasil ao que aterrissei.
O Aeroporto de Lomé é até digno — provavelmente mais do que você imagina. Ele não é muito diferente de tantos aeroportos de pequeno ou médio porte no Brasil ou América Latina afora. Há corredores bem iluminados, banheiros dignos com sabão e papel, etc. Aqui até se pode jogar o papel dentro da privada, coisa que no Brasil não há (e fica aquela linda montanha de papel cagado acumulada ao seu lado, coisa que muito do resto do mundo já não pratica).


Já ao sair do avião naquele tubo, antes mesmo de desembocar nesse lustroso corredor aí acima, deparei-me com aquela típica ansiedade de segurança que os aeroportos destes países da África e às vezes da Ásia têm.
Oficiais de segurança já estavam no próprio tubo do avião para o aeroporto. Um policial checou o canhoto do cartão do meu cartão de embarque (não o perca!), e depois passamos por uma mulher que tinha uma lista de todos os passageiros previstos desembarcar ali, e ela ia cortando os nomes na lista de quem ia passando. Nada do outro mundo, mas inusual para mim.
Você segue e então desce uma escada rolante que o separará daqueles que farão conexões internacionais. Lomé é um certo hub de aviação (!), com voos da Ethiopian Airlines daqui saindo para as Américas do Norte e do Sul. Inclusive, já houve voos diretos de São Paulo para cá — até eles tirarem porque era tráfico de drogas direto como rota para a Europa, pelo que me contaram aqui.
Ali mesmo, antes de descer a escada rolante, você já verá o primeiro de muitos cubículos — pouco maiores que umas cabines telefônicas — de gente oferecendo câmbio de moedas. Eles ficam chamando quem passa. Não faça questão de trocar aqui, pois o valor do franco ocidental africano é fixado com o euro e a coisa pouco varia. Lá embaixo, tanto na esteira de bagagem quanto depois ao sair, haverá vários outros cobrando praticamente a mesma cotação.


Soyez les bienvenues au Togo, messieurs-dames. Sejam bem-vindos. Como a França foi o último país a colonizar o Togo, aqui o francês é o único idioma oficial, língua franca para a comunicação num país que tem 39 idiomas reconhecidos, dois deles com o status de línguas nacionais: o ewê e o kabiyê.
Eu preciso dizer a esta altura que turistas não-francófonos são quase tão raros quanto lojas oficiais da Apple aqui no Togo. Os poucos não-negros que me acompanhavam no voo eram franceses ou belgas — ou seja, falantes nativos de francês. E tinha eu, o atrevido. Afinal, vamos e venhamos, Deus não fez o mundo em inglês.
Há relatos de pessoas vindo aqui sem falar nada de francês, mas eu vou ser franco (sem trocadilho) em lhes dizer que quase ninguém aqui fala nada além de francês e de línguas africanas. São pessoas poliglotas, que às vezes dominam quatro ou cinco línguas com fluência, mas não espere que o inglês (ou qualquer outro idioma europeu) seja uma delas. De língua colonial, basta uma.
Aos não-versados no idioma de Sartre, venham a bordo que a gente navega.

Desci, e lá embaixo encontrei o saguão com as coisas de imigração. Há vários guichês e não há taaaantos visitantes assim, então as filas são breves.
Os primeiros guichês são para togoleses, e logo depois você vê para todos os outros passaportes. No guichê número 8, você verá uma folha A4 impressa com o nome E-VISA. Foi onde eu transformei meu visto eletrônico impresso num visto convencional, com aquele adesivinho de pôr numa página do passaporte. Não é preciso pagar mais nada nem dar mais nada.
Você aí passa à fila do guichê ao lado, onde o oficial faz os trâmites tradicionais de carimbar o passaporte, etc. Não houve muita conversa nem perguntas.
Passado pelos guichês dos oficiais de imigração, do outro lado há a verificação sanitária. Em tese, pedem de brasileiros o certificado de vacinação contra a febre amarela, mas a mim não pediram. Pediram apenas para ver meu certificado de vacinação contra a COVID-19. Mostrei, e ganhei do inspetor — um sujeito meio cansado que nem se levantou da cadeira, a qual parecia uma daquelas carteiras de escola com a tábua onde escrever — um papelzinho branco colado no fundo do passaporte.
Você depois verá os carregadores com colete laranja, que trabalham por uma gorjeta para asssiti-lo com as bagagens.

Pus-me ali a esperar. Avistei o funcionário solitário na janelinha da casa de câmbio lá ao fundo a caçar olhares, e o dele se cruzou com o meu, mas por ora eu não lhe dei bola.
A minha bagagem demorava bastante para ser entregue — eu cheguei até a retornar à janelinha para, sim, trocar já algo de moeda local (o que é recomendado, visto que Lomé é uma cidade pobre, e você não encontra casas de câmbio por qualquer canto).
Até que, adivinhe, minha bagagem não apareceu. Umas 12 pessoas e eu, passada meia hora de espera, ouvíamos os funcionários a comentar e especular o que se passava. “Vai chegar, vai chegar”, comentava um com confiança (mas traindo uma certa desconfiança), meio à moda brasileira, daqueles sujeitos de espaço público que gostam de comentar em voz alta os ocorridos.
Só que, não. Num dado momento, ficou claro que algo havia ocorrido e que as bagagens não chegariam normalmente. Eu me tomava por tolo por ter acreditado que numa viagem ao Togo com conexão na África a minha bagagem chegaria incólume. Respiremos fundo.
“Allons au litige!” [Vamos ao litígio!], declarou quase jocoso o carregador mais velho, num ar meio cansado, meio divertido, como quem diz “essa p**** sempre dá nisso”. Eu acho tão chique que os francófonos chamem de “litígio” o lugarejo de fazer queixa de bagagem que não chegou.
Fomos ao litígio, alors. Você verá uma salinha com esse nome ali atrás. Vou pôr aqui até os detalhes dos trâmites para reaver a bagagem, caso você também venha a precisar. (Espero que não precise, mas vai aqui Mairon pelo Mundo sendo completo até este ponto, de perder a bagagem para poder contar como faz pra reavê-la.)

Se perderem a sua bagagem no Togo…
No tal do litígio, com cara de saleta de delegacia, alguns funcionários detrás de um balcão atendiam aos vários passageiros ali reclamando. De pé, uns na fila e outros simplesmente parados ali tomando espaço, aguardamos a nossa vez de prestar a queixa.
O homem com aquele ar desinteressado de funcionário público em tédio foi logo pedindo o meu cartão de embarque, que para complicar eu não lembrava em que bolso tinha posto. Simplesmente não achei. Típico, o cara então disse que não poderia fazer nada (!). Foi sorte que lembrei de ter também o cartão de embarque eletrônico no celular.
Preencheu ele lá as informações no sistema online, que rende um código para rastrear seu processo (o habitual) com a Ethiopian Airlines, mas o fundamental mesmo é um número de telefone daqui que eles lhe fornecem para falar com alguém deste aeroporto e se informar. Não ache que o Togo é um lugar informatizado, com aquela coisa de receber notificação pelo celular nem nada. É aquele estilo anos 1980-1990, em que você telefona para o número fixo e pede informação.
Eu sei que fomos embora, eu e meu motorista rumo ao hotel — personagem que lhes apresentarei depois. Almocei algo típico no centro de Lomé (outra experiência e tanto), e quando retornei ao hotel tive pânico quando fui ver no site da Ethiopian Airlines o status da busca pela minha bagagem e deu “queixa não encontrada”. Lascou; era só o que faltava.

Havia sido o meu aniversário há poucos dias, e em espírito de novo ano e de renovação, eu comecei a crer que a tônica era que eu me desfizesse dos pertences antigos — que eu ia quase dando como perdidos in aeternum — e estivesse pronto, feito uma cobra, a agora adquirir toda uma nova roupagem, africana. Mas não foi assim.
Eu tinha ainda o tal número de telefone que me haviam escrito no papel no aeroporto, e resolvi pedir à simpática moça da recepção, Mariette, que por favor ligasse para eles. Aí foi curiosa aquela situação em que você espera que a outra pessoa vá falar (e você fique só ali na expectativa), aí ela me dá o telefone quando alguém atendeu. “Tome”, deu ela bondosa.
A pessoa do outro lado se dignou apenas a dizer, na forma crua daqueles funcionários,
— “Está aqui. Pode vir buscar.”
— “Vocês não entregam?”
— “Não.“
Eu preciso dizer que fiquei com a impressão de que eles meramente se esqueceram de tirar as bagagens do avião. Ou melhor, tiraram (pois o avião seguiu noutro voo para Washington), mas pelo visto ficaram preteridas em algum carrinho ou saleta em vez de nos serem entregues. Afinal, não havia chegado voo nenhum da Etiópia neste ínterim.
Pedi que Mariette me organizasse um táxi, e me apareceu Ben, um taxista careca, com boina de taxista e olhar determinado. Ao que tocamos a rua, levantei com ele aquela conversa casual, de que íamos ver se minha bagagem chegou mesmo. Cheguei a dizer que parece que chegou, e que esperava que sim.
“Não: chegou“, proclamou ele tão determinado que até me perguntei se, por alguma razão, ele teria informações que eu não tinha. Era ligeiramente pinel, aquela pessoa meio zona cinzenta que vocês às vezes acha que é doido.

Acertei com Ben que me esperasse onde pudesse, ao que marchei na direção dos policiais de escopeta que fazem a vigilância. Resolver pepinos de viagem é o meu elemento, e ali naquela tardinha quase vazia do aeroporto eu descobriria ainda uma deliciosa burocracia a me aguardar. Se pelo menos ao final eu reouvesse a bagagem, estaria tudo bem.
“Lembrava-me um burocrata de escola de samba do Rio de Janeiro, daqueles que a gente vê sentados à mesa com ar preocupado.”
No hall externo que vos mostrei acima, foi preciso ir a um cidadão gordo que, sentado apertado detrás de uma daquelas banquinhas de Jogo do Bicho, resolvia os trâmites. Ele era impaciente — aquele ar de funcionário público às 17h já querendo ir pra casa. Tinha os olhos vermelhos, dois palitos na boca dançando entre os dentes (o que não ajudava a compreendê-lo), e camisão colorido folgado sobre a barriga. Lembrava-me um burocrata de escola de samba do Rio de Janeiro, daqueles que a gente vê sentados à mesa com ar preocupado, papeizinhos e caneta no dia da apuração.
Ele era daquele tipo de funcionário que atende você em modo automático, mal olhando na sua cara e lhe resolvendo as coisas enquanto conversa — aborrecido, reclamando sobre algo — com um ou dois colegas que estavam por ali de pé.
Mandou-me que eu fosse primeiro fazer uma fotocópia tanto do passaporte quanto do registro de litígio. (Se eu soubesse, teria trazido uma das cópias do passaporte com que vim munido na viagem, mas vá lá.) Duas mocinhas numa cabine de venda de chip de celular me sinalizaram que era ali: 100 francos — ou coisa de 1 real — por cópia, por favor.
Voltei ao cidadão, que pegou o meu passaporte original e começou a escrever os detalhes num grande livro. Deu-me, enquanto isso, o seu crachá poderoso para que eu entrasse pela porta de acesso, passasse a segurança com detector de metais ali, e acedesse finalmente ao saguão de esteiras de bagagens outra vez. (Amigo, há quanto tempo.)
Cheguei a ouvir um funcionário do aeroporto queixando-se “Eu não sei por que fazem isso: mandam todo mundo embora, aí depois de poucas hora chamam outra vez para virem buscar.” Pois é.
Sei que resolvi os problemas, e logo estaria reunido com minha queria mochila contadora de histórias mais uma vez. Eu me sentia quase como se tivesse tirado Excalibur da pedra. Saí driblando as gracinhas dos seguranças no detector de metais dizendo que as moedas que tirei do bolso deveriam ser um agrado a eles, e retornei o crachá ao seu dono — que nada mais disse com a sua língua embolada entre os palitos, e se limitou a me devolver meu passaporte.
Hora de voltar à cidade para começar agora a viagem pelo Togo com bagagem, com minhas coisas do ano anterior, em vez de vestir as camisas chinesas vagabundas que comprei do ambulante durante o almoço. Os detalhes de Lomé vêm aí. Era só o começo deste roteiro na África.
Meu jovem amigo viajante brasileiro… Que fascinante essa vossa viagem ai ao Togo, na bela, misteriosa, rica de História, cultura, arte, diversa e muito amada mamma África, como canta o inspirado artista baiano. Ou Áfricas, como hoje gostamos de dizer, dada a sua realidade diversa.
Maravilha…
Verdade, amigo. As pessoas pouco conhecem e se interessam pelas Áfricas e suas maravilhosas belezas naturais. Alguns ainda a conhecem pela sua história não tão agradável de escravidão dos seus filhos, submetidos à diáspora forçada para outros continentes, onde sofreram, padeceram e geraram riquezas para outros povos.
Mas como sabemos, a África é muito, muito mais do que esse triste episódio. A África foi a mãe de muitas Civilizações belas e prósperas como a do Egito e outras e dona de uma diversidade/riqueza natural ímpares . Fascinante.
Muito o mundo de hoje deve muito a esse imenso continente e aos seus filhos.
Que bom que o senhor foi até lá ver essas belezas, ver de perto a sua realidade, o seu povo, como vivem…o que fazem….
Certamente muito interessante.
Veremos.
Que beleza, essa foto de abertura…a cara da África Ocidental com suas águas caudalosas, sua vegetação vistosa, sua amplidão e seu povo colorido. Linda apresentação.
Essa moça com seu vestido florido, torço na cabeça e sua criança às costas numa pequena e frágil canoa, enfrentando corajosa as águas caudalosas e a vida cotidiana, é um espetáculo, e patognomônica da África. Exemplo de como vivem e enfrentam o cotidiano, muitas vezes adverso. Não parece ser fácil a vida dos africanos, nem os dai ,nem os seus descendentes aqui no Brasil.
O hábito dos torços na cabeça e roupa alegre tambem aparece no NE do Brasil, principalmente na Bahia, sobretudo entre os descendentes dos africanos, assim como o hábito de trazer coisas na cabeça como bacias cheias de coisas várias para vender.
Essa parte constituia mesmo a África Ocidental Francesa pelo menos até meados do século XX, segundo diziam os livros de Geografia..
Com certeza a Bahia bebeu nessa fonte africana muito da sua negritude, da sua cultura, religiosidade, cozinha, temperos, gostos, do que ela mostra e é hoje. Uma delícia única esse Estado em africanidade.
Dou valor.
O inhame é muito conhecido aqui no NE do Brasil e muito apreciado. Usa-se no café da manha. Mas é usado cozido. É muito rico em nutrientes.
Bonito e espaçoso o Aeroporto de Bole. Arrumado.
Nossa… a gente pensa que a África é só calor. Esquecemos que há muitas Áfricas.
O senhor está muito elegante, meu jovem…ora ora.
O café dai da Etiópia é afamado.
hahaha adorei a tirada dos banheiros hahah tem razão haha
Vilgen, rota de drogas, Jesus.. coitada da África…
Nossa, quantos idiomas…
Adorei a tirada com as lojas da Apple os raros e o mundo anglófono hahaha
Aeroporto bonito bem cuidado e espaçoso esse de Togo.
E que horror esse neo-colonialismo francês ainda não terminado…
Elegante o salão das esteiras e entrega de bagagens…
Vilgen que a bagagem do viajante não chegou… Jesus.. Imagino o sufoco…Nao lembro, mas me parece já ter visto esse filme antes, não? De vez em quando o viajante tem desses sustos… Coitado… ainda bem que foi só o susto…
Litígio é até simpático para o drama ….Oh coitado haha. Desculpe, mas passado o acontecido se pode zoar hahah
hahaha adorei essa outra tirada hahah
Cara de saleta de delegacia hahaha
Hahahah , Figura parecendo burocrata de escola de samba do Rio de janeiro em dia de apuraçao hahah é ótimo. Imagino.
E a mesinha parecendo carteira de escola antiga ou mesa de jogo do bicho hahaha é impagável hahah.
As tiradas são ótimas:, divertidíssimas.
Imagine se essa contadora de histórias falasse , heimmm haha
Essa rua se parece com as de muitas cidades brasileiras
Apesar do sufoco passado achei divertida a viagem e experiencia inicial do senhor ai pelas bandas de África.
Empolgada para ver as outras postagens.
Obrigada pelas andanças e o tom leve e divertido delas.